ATA DA SEPTUAGÉSIMA OITAVA
SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 10-9-2014.
Aos dez dias do mês de
setembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro
Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Kevin Krieger,
Mario Fraga, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. Constatada
a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any
Ortiz, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, João Derly,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nereu
D'Avila, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de
Lei do Legislativo nº 158/14 (Processo nº 1705/14), de autoria da Mesa
Diretora; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 196/14 (Processo nº 2061/14), de
autoria do vereador João Carlos Nedel. Do EXPEDIENTE, constaram Comunicados do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação,
emitidos em vinte e oito de agosto do corrente. Durante a Sessão, foram
aprovadas as Atas da Septuagésima, Septuagésima Primeira, Septuagésima Segunda
e Septuagésima Terceira Sessões Ordinárias. Após, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Pedro Ruas, solicitando alteração na ordem dos
trabalhos. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos
de Lei Complementar do Legislativo nos 021 e 022 /14, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 153, 167, 180 e 192/14, os Projetos de
Resolução nos 026, 027 e 028/14; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 163/14. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores
Idenir Cecchim, Mônica Leal, Tarciso Flecha Negra, Alceu Brasinha, Sofia
Cavedon, Bernardino Vendruscolo e Sofia Cavedon. Na oportunidade, foi aprovado
Requerimento de autoria da vereadora Fernanda Melchionna, solicitando Licença
para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje. Às quinze horas e dois
minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A
seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Mario Fraga,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria priorizada para a Ordem
do Dia da presente Sessão. Em Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei
do Legislativo nº 201/12 (Processo nº 2663/120), considerando-se mantido o Veto
Total oposto, por doze votos SIM, oito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo votado
Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Derly, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Pedro Ruas e Sofia Cavedon, votado Não
os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, João Carlos
Nedel, Mario Fraga, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e
optado pela Abstenção o vereador Delegado Cleiton. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 319/13 (Processo nº 2845/13). Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 017/14
(Processo nº 1172/14). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 081/14
(Processo nº 1945/14). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Resolução nº 030/14 (Processo nº 2042/14). Após, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Reginaldo Pujol, solicitando alteração na ordem
de apreciação da matéria priorizada para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em
Renovação de Votação, foi aprovada a Emenda nº 18 aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 010/13 (Processo nº 2495/13), por dezenove votos
SIM e três votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelo vereador Marcelo
Sgarbossa e pela vereadora Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada pelo
vereador Marcelo Sgarbossa, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e
Não os vereadores Engº Comassetto e Marcelo Sgarbossa e a vereadora Sofia
Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 015/14 (Processo nº 1419/14), o qual foi discutido pelos
vereadores Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon, Bernardino Vendruscolo, Nereu
D'Avila, João Carlos Nedel, Delegado Cleiton, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Engº
Comassetto e Reginaldo Pujol. Durante a apreciação do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 015/14, o vereador Tarciso Flecha Negra cedeu
seu tempo de discussão ao vereador Marcelo Sgarbossa. Na oportunidade, foi
constatada a existência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pelo
vereador Marcelo Sgarbossa. Em prosseguimento, foi apregoado Requerimento de
autoria do vereador Marcelo Sgarbossa, solicitando o adiamento, por três
Sessões, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/14
(Processo nº 1419/14), o qual foi encaminhado à votação pelos vereadores
Marcelo Sgarbossa, Bernardino Vendruscolo, Idenir Cecchim, Alceu Brasinha,
Sofia Cavedon e Engº Comassetto, tendo suspenso seu encaminhamento, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Na ocasião, a vereadora Fernanda
Melchionna formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão de sua Licença
para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje. Durante a Sessão, os vereadores Idenir
Cecchim, Sofia Cavedon, Mario Fraga, Airto Ferronato, Nereu D'Avila e Reginaldo
Pujol manifestaram-se acerca de assuntos diversos, e foi registrada a presença,
neste Plenário, de Alcindo Pavan. Às dezessete horas e vinte minutos,
constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada
pelo vereador Reginaldo Pujol, o Presidente declarou encerrados a Ordem do Dia
e os
trabalhos da presente Sessão, convocando os vereadores para a Sessão Ordinária
de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Delegado Cleiton e
Guilherme Socias Villela e secretariados pelo vereador Delegado Cleiton. Do que
foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação as Atas
disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas da 70ª, 71ª, 72ª e
73ª Sessões Ordinárias. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADAS.
O SR. PEDRO
RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem dos
trabalhos, para que possamos, imediatamente, passar à Pauta e, logo depois, à
Ordem do Dia. Após retornaremos à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Pedro
Ruas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1533/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 022/14, de autoria da Verª Séfora Mota, que
altera o § 4º do art. 5º da Lei Complementar nº 678, de 22 de agosto de 2011 –
que institui o Plano Diretor de Acessibilidade de Porto Alegre –, determinando
que órgãos, empresas e instituições prestadores de serviços públicos afixem, em
suas dependências, placas que identifiquem, em Braile, corredores, portas e
entradas de salas e gabinetes.
PROC.
Nº 1662/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/14, de autoria da Verª Séfora Mota, que
altera a ementa e o caput do art. 1º
da Lei nº 8.478, de 25 de abril de 2000, alterando o rol de estabelecimentos
obrigados a instalar equipamento detector de metais, fixo ou móvel.
PROC.
Nº 1693/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 026/14, de autoria da Verª Mônica Leal, que concede o Diploma Honra
ao Mérito à Escola Municipal de Ensino Fundamental Governador Ildo Meneghetti.
PROC.
Nº 1793/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 167/14, de autoria da Mesa Diretora, que altera
o inc. III e inclui inc. LIX no caput
do art. 2º da Lei nº 2.022, de 7 de dezembro de 1959 – que dá denominação aos
bairros de Porto Alegre –, e alterações posteriores, alterando os limites do
Bairro Menino Deus e criando o Bairro Ilhota.
PROC.
Nº 1913/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 021/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que inclui §§ 4º e 5º no art. 19 da Lei Complementar nº 626, de 15 de julho de
2009 – que institui o Plano Diretor Cicloviário Integrado e dá outras
providências –, alterada pela Lei Complementar nº 710, de 18 de fevereiro de
2013, dispondo sobre a implementação de ciclovias ou ciclofaixas.
PROC.
Nº 1946/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 180/14, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que inclui a efeméride Dia Internacional da Paz no Anexo da Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de
Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no
dia 21 de setembro.
PROC.
Nº 1985/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 027/14, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que concede
o Diploma Honra ao Mérito à empresa Auxiliadora Predial Ltda.
PROC.
Nº 2001/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 028/14, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que concede o Diploma
Honra ao Mérito à professora Rosa Angela Chieza.
PROC.
Nº 2047/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 192/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Júlio César da Silva Pinto o logradouro não cadastrado
conhecido como Beco Um – Vila Julia –, localizado no Bairro Belém Novo.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1741/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 163/14, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Flávio Aristides Freitas
Tavares.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Não há inscritos para discutir a Pauta. Está
encerrada a Pauta.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, o Parlamento é um
local importante da Cidade pelo que ele representa, mas também pela
solidariedade. Se falta um pouco para ter quórum e fazer uma votação, o colega
se dispõe a falar em Liderança para ganhar um tempo, até os demais colegas
chegarem. Se o projeto é importante para a Cidade, oposição e situação se
reúnem e trabalham para que seja votado o projeto para a Cidade, Ver. Villela.
Então, num dia como hoje, numa quarta-feira que, para nós, sempre é importante
porque temos votação, hoje não é diferente, há alguns assuntos de Pauta que
precisaram ser passados na frente e se inverteu a Pauta, que foi vencida.
Nós temos alguns projetos que precisam ser votados,
mas para isso nós precisamos ter quórum para a votação.
Por isso, os Vereadores que estão nos seus
gabinetes estão preparados para vir ao plenário atender ao chamado, para que
possamos realizar a votação que a Câmara de Vereadores tem a obrigação de
fazer. E nós vamos fazer as votações necessárias, porque a Cidade pede e exige.
Nós estamos numa época eleitoral, e vejo o Ver.
Kevin Krieger aqui presente, outros também, que poderiam não estar aqui, estão
presentes. E isso se chama responsabilidade, que cada um de nós tem que ter, de
estar aqui para fazermos a votação, para fazermos os projetos seguirem a Pauta,
para que os projetos de interesse da Cidade sejam votados. Vejo o Ver. João
Derly, aqui, presente, e poderia estar no Alegrete, em Uruguaiana, ou na Zona
Norte, mas ele está aqui para votar.
Eu estou fazendo citando os Vereadores aqui para
fazer justiça. Quando precisa, quando se deve, quando há assuntos importantes
para a Cidade, os Vereadores estão aqui, Presidente dos trabalhos, Ver.
Delegado Cleiton.
É importante ressaltar isso, Ver. Tarciso, quando
necessário estamos aqui. É obrigação? É, mas a nossa obrigação é estarmos no
plenário como todos estamos aqui hoje. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A
SRA. MÔNICA LEAL: Ver. Cleiton, que preside a Sessão de hoje; Ver.
Villela, querido parceiro que longas caminhadas do Partido Progressista;
Vereadores e Vereadoras; eu quero registrar, desta tribuna, que Porto Alegre
ganhou um novo espaço de promoção de geração de renda, a partir da economia
criativa. Foi aberto, na semana que passou, o Tecendo Ideias, através de uma
parceria com a Prefeitura Municipal, por meio do Inovapoa – Gabinete de Inovação e Tecnologia e do IPA –
Centro Universitário Metodista. O espaço do Centro Universitário Metodista fica
no DC Navegantes, que se localiza no 4º Distrito de Porto Alegre. Essa
iniciativa vem promover a revitalização desta importante área da Capital.
Temos, então, o primeiro Pólo de Economia Criativa de Porto Alegre, onde estão
previstos meios para o desenvolvimento de oito projetos, envolvendo novos
produtos e serviços. O objetivo da Prefeitura é aumentar ainda mais o peso dos
setores considerados criativos na geração de riquezas do Município, trazendo
benefícios à população através de emprego e renda. Em todas as áreas de
criatividade – capital, intelectual, economia criativa –, teremos um ganho
muito grande para Porto Alegre, afinal, a nossa Capital é a segunda cidade mais
criativa do Brasil, entre as 50 maiores, ficando atrás apenas de São Paulo,
segundo um estudo da Fecomércio de São Paulo. As empresas que mais se destacam
dentro da chamada indústria criativa por aqui são das áreas de software e computação, mercado
editorial, televisão, rádio e publicidade. Exemplificando melhor o projeto
Tecendo Ideias, ele constitui-se de um instrumento de inovação e gestão para o
fomento da economia criativa, que pretende aproximar da Administração pública o
setor empresarial, o meio acadêmico e a sociedade, para que todos, interagindo,
possam contribuir para a melhoria de vida na Cidade com o trabalho, e o que é
mais importante, com inclusão social. Vai funcionar da seguinte maneira: os
empreendedores ocuparão o espaço durante seis meses, em regime de
pré-incubação, período em que o Centro Universitário irá disponibilizar um
conjunto de serviços de infraestrutura, como estações de trabalho,
laboratórios, tecnologia, sala de reuniões e assessoria de especialistas. Nessa
primeira etapa, oito projetos iniciam a experiência e estão ligados à
Tecnologia da Informação: veicular, preventiva, mobiliar, design de modas, estamparia e ilustração.
Por isso, eu quero ocupar esta tribuna para dizer,
como Líder do Partido Progressista, com imensa honra e orgulho, e cumprimentar
a Deborah Villela, Coordenadora-Geral do Inovapoa e sua equipe, assim como a
Prefeitura de Porto Alegre, por apostar na ampliação da rede construtora do
nosso Município, que deve ter espaço para tudo que venha a contribuir
positivamente para o crescimento da Cidade, mas o que é mais importante, para a
inclusão social. Nós sabemos que na medida em que nós oportunizamos, despertamos
esses talentos e damos essa oportunidade, nós estamos afastando essas pessoas
da violência, e isso é uma segurança preventiva.
São notícias positivas de Porto Alegre em que
ganham os cidadãos. O pioneirismo e a iniciativa da Coordenadora-Geral do
Inovapoa e sua equipe merecem aqui esse registro. Foi página do Jornal do
Comércio da semana passada, o pioneirismo da Secretária Deborah Villela em
parceria com a Prefeitura e com o IPA. Parabéns. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Quero saudar a presença do amigo Alcindo Pavan.
O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente. Uma boa tarde a todos, senhoras e senhores,
Vereadores e todos que nos assistem. Na terça-feira, ontem, vendo o jornal, eu
fiquei muito triste, porque eu sou um Vereador, como todos vocês, Vereadores, e
o nosso dever é estar no plenário e fiscalizar a Cidade, por isso esse povo me
confiou o seu voto, Ver. Cecchim. E a gente fica muito triste.
Eu só faltei aqui na Casa quando estive no hospital com diabetes. Em todas as
Sessões eu estou aqui. Não importa se é ano eleitoral, em primeiro lugar, eu
cumpro com o dever que o povo me confiou, depois, sim, trato de assuntos particulares.
Eu estava ouvindo a
fala do Ver. Cecchim e fiquei pensando que eu deveria me vestir de forma
diferente para mostrar que eu estou no plenário! Eu dei presença na Ordem do
Dia, votei, e aí sai no jornal que eu não estava presente! Então eu sou um
fantasma aqui dentro! Saiu nos jornais que o Ver. Tarciso não estava presente!
Então eu não sei o que devo fazer para mostrar que eu estou presente desde o
primeiro dia em que fui eleito pelo povo. Então vamos parar com essa
brincadeira! Se queremos fazer deste país um país sério, digno para as pessoas
morarem com dignidade, com segurança, com saúde, então vamos parar de
brincadeiras! Sinceramente, isso me dói! Eu não sei qual é a intenção. A minha
intenção na política é uma só: contribuir, ajudar a nossa Capital a ter
tranquilidade e paz para vivermos como irmãos aqui neste globo terrestre! Se
muitas pessoas não veem assim, eu não posso fazer nada. Vou continuar com essa luta, mesmo
com essa tristeza, com essa indignação. Eu vou continuar, porque este é o país
que eu vivo, não tem outro país para mim. Este é o país que eu adotei, é a
Cidade que eu adotei, que se chama Porto Alegre e que me recebeu de braços
abertos, com muito carinho, com muito amor, com muito calor humano. E aqui eu
realizei meus sonhos e ainda quero realizá-los como político. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver. Tarciso.
A Ver.ª Fernanda
Melchionna solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de
hoje. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Delegado Cleiton; Sr. Prefeito Villela, meu querido
amigo, Delegado Cleiton, domingo eu passei por perto do senhor, mas não
consegui chegar perto, pois era muita a popularidade do homem!
Mas, senhores, Ver.
Cecchim, eu lembro do senhor, quando era Secretário da SMIC, e, logo que saiu a
oportunidade de fazermos a Arena, o empreendimento, eu falei com o nosso
Prefeito, o então José Fogaça, um extraordinário, competente Prefeito e amigo,
para pedir que ele incluísse o nosso Parque Alim Pedro na contrapartida
ambiental; um projeto que existia há 30 anos, mas ninguém levava verba para lá.
E, na semana passada, eu encontrei o meu querido amigo, Prefeito José Fogaça, e
eu tenho muito orgulho em ser seu amigo, andando por lá, e eu lhe mostrei a
realidade. E trago esse assunto porque fiquei surpreso, Ver. Cecchim, que,
agora, estão aparecendo outros dizendo que ajudaram a negociar. Mas eu nunca os
vi na OAS, na Arena, enfim, e agora todo mundo quer angariar os louros. Então,
eu fico surpreso com as coisas que acontecem. Eu costumo dizer que o senhor, Ver.
Villela, foi o homem que mudou o Centro de Porto Alegre, agora o senhor é
Vereador, mas, onde eu estiver, vou continuar dizendo isso, porque sou seu
amigo e gosto do seu trabalho. Agora, quando a gente consegue alguma coisa, aí
surgem mais pessoas querendo aparecer! Vêm os mirabolantes voando e dizendo...
Quero agradecer ao meu Partido, ao Ver. Paulo Brum,
Ver. Elizandro Sabino, ao meu querido amigo, Líder da nossa Bancada, Ver.
Cassio Trogildo, mas, Ver. Pedro Ruas, as coisas acontecem e as pessoas
aparecem, de uma hora para outra e dizem que fizeram alguma coisa. Quando eu
falava, ninguém acreditava, ninguém queria, e ainda diziam: “Não, isso não virá
para cá.” Mas agora começou a aparecer gente de todo o lado. E eu lembro bem,
como se fosse hoje, que, várias vezes eu falei nesta tribuna que o nosso então
Prefeito José Fogaça tinha incluído o Parque, junto, e que daí nós fomos
trabalhando politicamente em cima da empresa. Porque a empresa queria que fosse
uma praça, mas lá é um parque com quase 50 mil metros quadrados. E fizeram! Ele
será inaugurado dia 20, agora. Só que eu não estarei lá, não posso. Quero dizer
que quem ganha é a comunidade, é a Vila IAPI, é o futuro bairro IAPI, já que
ele vai virar bairro. Então, é muito importante lembrar quem ajudou. Quando o
Ministério Público apontou que não poderia, pois teria que haver uma
contrapartida para a região, quem foi decisivo neste dia foi o Luiz Fernando
Záchia. Ninguém fala no homem, mas ele me ajudou muito. E eu sou grato sempre
às pessoas que me ajudam a aprovar meus projetos para a comunidade. Quero
sempre lembrar os meus parceiros, aqui, Ver. Bernardino Vendruscolo, que sempre
me ajudaram. Então, esta é uma realidade para o futuro bairro IAPI: dia 20 será
inaugurado, ás 15h, o Parque Alim Pedro, pelo nosso Prefeito José Fortunati.
Como sempre digo, os Josés são abençoados por Deus, porque sai um e entra
outro, e o trabalho continua bom, com qualidade, um trabalho de um Prefeito que
respeita o cidadão e o contribuinte desta Cidade. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. Delegado Cleiton, na presidência dos trabalhos; senhores
e senhoras, a pedido do Ver. Engº Comassetto, nosso Líder, e, com certeza, por
desejo do conjunto da Bancada do Partido dos Trabalhadores, queremos aqui,
nesse nosso tempo de Liderança, nos solidarizar com Alceu Weber, o rodoviário
da comissão que faz oposição ao atual Sindicato dos Rodoviários, que foi
demitido por justa causa, na sexta-feira da semana passada, pela empresa
Carris. Nós entendemos que em um momento desses, em um processo dificílimo para
os rodoviários, em que há um processo de discussão com o seu próprio sindicato,
em uma luta para que o seu sindicato seja representativo da categoria, o
rodoviário Alceu Weber teve um papel fundamental, um papel que tem que ser
desejado por todos nós, inclusive pela própria direção da Carris. Um papel que,
muitas vezes, o jogou na tensão, nas frentes das garagens, na coordenação de
greves, de paralisações, em função de direitos retirados dos rodoviários, em
função do próprio sindicato não defender os seus rodoviários, como no caso da
demissão do representante sindical da Tinga. Muitas vezes, Alceu Weber, e um
conjunto de rodoviários, assumiu o papel que o Sindicato não cumpre e foi
colocado na vitrine de verdade. Teve sua vida exposta. Certamente, não é um
rodoviário que consegue garantir uma rotina de trabalho como qualquer outro,
mas isso é plenamente justificado pelas inúmeras funções e responsabilidades
que assumiu. De fato, de ontem para hoje, foi revertida a demissão. Nós
entendíamos que ela era ilegal, mas a Carris insiste no processo de demissão
via Ministério Público. E eu imagino que, para uma empresa que não está
acostumada a lidar com a democracia, com a representação verdadeira e legítima
dos seus funcionários, é muito difícil lidar com lideranças fortes, engajadas
e, de fato, que respeitem as decisões da categoria. Mas nós entendemos que tem
que haver uma compreensão dessa empresa pública, que isso faz parte do direito
à representação sindical, faz parte do direito dos trabalhadores em reivindicar
os seus direitos. A última greve teve uma vitória muito importante para o
conjunto dos rodoviários. Portanto, o papel do Alceu Weber não é um papel
relevante apenas para os rodoviários da Carris, é para todos os rodoviários das
empresas terceirizadas, inclusive das empresas privadas, onde se derrubou o
banco de horas. E não imaginem vocês que o banco de horas era apenas uma luta
corporativa, o que beneficiaria apenas os motoristas e cobradores. Os
motoristas e cobradores, acumulando horas extras infinitamente, trabalham muito
mais cansados, trabalham muito mais estressados, têm muito menos qualidade, e
ainda mais quando eles sequer recebem por essas horas. Essas horas ficam
acumulando numa contabilidade, e, de repente, a empresa diz “hoje tu não vens,
amanhã tu não vens, que tu vais tirar umas horas”, sem um retorno pecuniário,
sem o respeito pelo trabalhador que segura todas as pontas.
Ora, é vitória da categoria, na última grave, o fim
do banco de horas, que deve estar acontecendo exatamente nesse período! É
vitória um reajuste salarial com mais um e meio por cento ou dois por cento –
não lembro direito – de ganhos reais! É vitória que passe a ser respeitada essa
categoria como uma categoria que tem opinião, que tem estresse, que não pode
sustentar todos os problemas do sistema de ônibus e que, por exemplo, é muito vitimada
pela violência nos ônibus, trabalho esse que, a partir da greve, vem se
desdobrando de forma mais continuada com a Brigada Militar, com as empresas de
ônibus.
Portanto, nós entendemos uma injustiça, para além
de uma ilegalidade, a demissão do companheiro rodoviário e do militante cutista
Alceu Weber. Esperamos que a Carris não insista nesse erro e que respeite a
liderança e a categoria rodoviária.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; senhoras e senhores; hoje, quero aproveitar para fazer um pedido ao
Ver. Brasinha e outro ao Ver. Pedro Ruas.
O pedido que faço ao Ver. Brasinha, já que eu sei
que ele tem muitos amigos – e é verdade –, é que ele me auxilie junto à
imprensa, no sentido de divulgar também um projeto de minha autoria, aprovado
por V. Exas. aqui, que trata da redução do ISS. É impossível aceitarmos que, de
repente, um projeto que vai atender uma parcela significativa da sociedade não
tenha um espaço na mídia.
Neste sentido, meu colega Pedro Ruas, dada a minha
incompetência em conseguir esta articulação – e vejo que V. Exa. é muito
preparado pela experiência dos anos e por tudo o que já fez na política aqui no
Rio Grande do Sul –, peço que me dê uma orientação, quando houver um certo
tempo, para eu saber o que devo fazer para divulgar os projetos que esta Casa
aprova – e falo, agora, especialmente do meu projeto, que é importante para a
sociedade e ao qual não consegui dar a devida publicidade.
Veja V. Exa., Pedro Ruas, que acontece o inédito,
aqui. E V. Exa., como advogado e conhecedor da matéria, vai entender
perfeitamente: aqui, propus um projeto para que todas as JARIs – Juntas
Administrativas de Recursos de Infrações, aqui em Porto Alegre, pudessem, no
seu grupo de julgadores, contemplar, no mínimo um advogado pela OAB. Pasmem! V.
Exas. sabem disso: aprovamos o projeto, depois de muito trabalho, muita luta, e
o Executivo veta o meu projeto e encaminha um decreto atendendo àquilo que diz
o meu projeto. Ontem, tive a oportunidade de falar, aqui, com o nosso
Vice-Prefeito, Sebastião Melo, que fazia discursos nesta tribuna e dizia:
“Cuidado, que o santo é de barro!”, se levantava e parecia uma garça que saía
voando pelo Rio Grande do Sul, espalhando as verdades – e eu até acho que tudo
o que ele falava eram verdades. No entanto, agora, como Vice-Prefeito, esqueceu
do seu discurso e atropela esta Casa e as propostas dos Vereadores, porque não
é verdade que há inconstitucionalidade na medida em que nós aprovamos a
constituição da EPTC aqui nesta Casa. E nós não estamos estabelecendo regras
que venham trazer prejuízo ou despesas ao Executivo; apenas se está dizendo que
dentro do grupo, Dr. Valmir – que visita esta Casa –, terá que ter, no mínimo,
um advogado indicado pela OAB. Nada mais justo, porque são julgamentos que
tratam de matéria técnica jurídica. Por que não ter um advogado? Como não ter
um advogado? Aí, depois de trabalharmos aqui por quase três anos para
construirmos um projeto e vê-lo aprovado, o Executivo o veta e manda um decreto
atendendo àquilo que diz o meu projeto e invoca na justificativa todo o Código
Tributário Nacional e a Constituição Brasileira. Isso é muito simples. Foi tão
genérico: tentou dizer e não disse absolutamente nada.
Então, seria interessante, Ver. Pedro Ruas, pela
experiência que tem, se V. Exa. pudesse, juntamente com o Ver. Alceu Brasinha,
pela amizade e influência que o Ver. Brasinha tem, apresentar alguém que
pudesse fazer a publicidade desses dois assuntos para a sociedade brasileira.
Porque senão vão pensar, sim, que este Vereador pouco fica aqui na Casa, pois
muito seguidamente acontece de nós registrarmos presença aqui e, por questão de
minutos, nos ausentarmos, estarmos ali no corredor, muitas vezes atendendo um
cidadão, daí é feita nova verificação de quórum. E, diga-se de passagem, também
há que se respeitar isso: há um recurso do Parlamentar de, em questões estratégicas,
não formar quórum, que é um trabalho de plenário, uma técnica de plenário.
Então, não pode, evidentemente, a grande mídia se
preocupar e só tentar mostrar algo que aparentemente é negativo. Se querem
mostrar o que é negativo ou que entendem que é negativo, nós também não somos
contrários. Agora, omitirem a verdade, os fatos, aquilo que é altamente
positivo não nos serve, não presta mais para os novos tempos. É nesse sentido
que convoco todos os Vereadores a repensarem sobre essas questões que nós precisamos
enfrentar.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, agradeço ao Ver.
Pedro Ruas por este espaço da oposição, que também, para nós, é importante,
neste plenário, socializarmos os movimentos que fazemos e recebemos de demandas
em relação ao Executivo Municipal.
Na segunda-feira passada, nós recebemos aqui os
municipários de Porto Alegre, a Associação dos Assistentes Administrativos aqui
esteve para solicitar participação, Ver. Pedro Ruas, no processo de elaboração
do plano de carreira. Houve posse da nova diretoria dessa Associação, mas aqui
estavam representadas em torno de dez associações dos funcionários municipais.
E acho que é válido trabalhar, neste tempo, esse tema. Por quê? Porque o plano
de carreira é uma expectativa e uma demanda antiga dos municipários.
A Prefeitura contratou uma empresa, a empresa Quântica,
que está trabalhando na elaboração de um novo plano de carreira. Nós sabemos
que o plano de carreira é algo complexo, extremamente complexo, tanto que,
nesta Casa, nós estamos desde 2011 trabalhando com hipóteses, com processos,
com discussão e ainda não pudemos mexer nele. Tentamos contratar uma
consultoria.
Então, é um valor importante, a empresa Quântica
está trabalhando, só que os funcionários se manifestam, nesta Casa, que não se
sentem acompanhando o processo, não se sentem partícipes das elaborações, dos
diagnósticos, do levantamento que essa empresa está fazendo. E nós entendemos
que um trabalho que vai mexer com a vida dos funcionários municipais, que vai
alterar ou não seus salários, a sua perspectiva de crescimento salarial no
tempo, não tem como acertar um trabalho e ser efetivo o resultado do plano de
carreira, se não for elaborado num processo de diálogo com os municipários. Por
isso, propus à Ver.ª Jussara Cony– V. Exa. falou nesta tribuna durante cinco
minutos sobre os funcionários, depois eu reforcei – que a Frente Parlamentar de
Apoio ao Funcionalismo Público possa marcar uma reunião nesta Casa para que a
empresa Quântica e a Secretaria Municipal de Administração venham aqui
apresentar o que fizeram até agora e qual é o prazo. Nós até temos data, mas,
como estou em Liderança, ainda não sei. É muito importante que, neste momento,
antes que fique pronto o produto, nós possamos viabilizar, aqui nesta Casa, uma
apresentação: que a empresa diga como está trabalhando, qual é a metodologia, qual
é a análise que está fazendo da situação dos funcionários; que ela apresente o
que fez até agora, que opiniões tem até agora e como vai contemplar a
participação do conjunto da categoria.
A Ver.ª Jussara Cony leva com muito zelo a nossa
Frente Parlamentar, esteve presente, junto conosco, na greve dos municipários,
no tema do assédio moral, e nós nos comprometemos, Ver.ª Jussara – lembra das
decisões da greve? –, a acompanhar a questão do plano de carreira.
(Aparte antirregimental.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sim, a Ver.ª Jussara propôs na segunda-feira, quando eles estiveram
aqui.
Estou aqui usando o nosso espaço de oposição
exatamente para fazer um apelo ao Líder do Governo nesta Casa, ao Vice-Líder,
para que estejam junto conosco, no sentido de que possamos viabilizar a vinda
da empresa Quântica a esta Casa. Afinal, ela é uma empresa técnica, vai
demonstrar qual a sua metodologia, qual a sua forma de trabalho, como ela vai
ouvir os municipários. E nós vamos evitar que o produto pronto, depois, não
tenha nada a ver com a vontade da categoria, que aí seja engavetado, com mais
um recurso público utilizado, e os municipários mais uma vez frustrados na sua
vontade de ter uma perspectiva de carreira. Essa carreira, de fato, deve
superar a concessão de gratificações, porque a gratificação torna muito
desigual as carreiras, torna muito desigual o tratamento do funcionalismo, a
gratificação é dada num período e depois acabou. Se nós pudermos transformar
todo esse recurso que hoje compõe a massa salarial numa carreira que valorize e
faça com que nosso funcionário se mantenha estudando, se mantenha dedicado ao
serviço público, será muito melhor para todos, e todos seriam contemplados.
No tempo de oposição, eu falo, tenho certeza, no
nome dos três partidos. Nós queremos que os municipários tenham aqui uma
apresentação do trabalho e que possam participar.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton – às 15h02min): Obrigado, Vereadora.
Havendo quórum, passamos à
O SR. MARIO
FRAGA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito, após a votação do PLL nº
201/12, com Veto Total, a inversão da ordem da priorização conforme segue: PLL
nº 319/13; PR nº 017/14; Requerimento nº 18/14; PR nº 030/14; renovação de
votação da Emenda nº 18, destacada, ao PLCE nº 010/13; PLCL nº 015/14. Após
retornaremos à ordem normal.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Sr. Presidente, só para fazer um adendo: também o Requerimento nº
081/14, relativo a assinalar o
transcurso do Dia Internacional da Paz.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Já está na
lista Vereador, já foi priorizado.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Mario Fraga. (Pausa.) Os Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
PROC. Nº 2663/12 – VETO TOTAL ao PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 201/12, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que
inclui parágrafo único no art. 7º da Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998 –
que dispõe sobre o Sistema de Transporte e Circulação no Município de Porto
Alegre, adequando a legislação municipal à federal, em especial ao Código de
Trânsito Brasileiro, e dá outras providências –, e alterações posteriores,
determinando que a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) tenha,
em sua composição, 1 (um) advogado indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil
– Secção do Rio Grande do Sul (OAB-RS).
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela rejeição
do Veto Total.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto,
rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto,
aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 06-09-14
(sábado);
- votação nula por falta
de quórum em 08-09-14.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação nominal o PLL nº 201/12, com Veto Total. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o Projeto por
12 votos SIM, 08 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Mantido o Veto
Total.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2845/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 319/13,
de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que altera o art. 2º da Lei nº 9.258, de 12
de novembro de 2003 – que dispõe sobre a oficialização da Feira de Artesanato
do Brique de Sábado da Avenida José Bonifácio –, ampliando a área de realização
da Feira.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 19-05-14 por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o PLL nº 319/13.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1172/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 017/14, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre
ao senhor Glauco Francisco de Menezes.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Kevin Krieger: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 13-08-14.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o PR nº 017/14.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 081/14 – (Proc. nº 1945/14 – Ver.
Bernardino Vendruscolo) – requer seja o período de Comunicações do dia 22 de
setembro destinado a assinalar o transcurso do Dia Internacional da Paz.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o Requerimento nº
081/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2042/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
Nº 030/14, de autoria do
Ver. Kevin Krieger, que concede a Comenda Porto do Sol ao senhor Sérgio Roberto
Dillenburg – organizador e primeiro diretor do Museu de Comunicação Social
Hipólito José da Costa.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relator-Geral Ver.
Nereu D'Avila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído
na Ordem do Dia em 10-09-14.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o
PR nº 030/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem da
priorização de votação, para que possamos, imediatamente, passar para a votação
do PLL nº 084/14. Após retornaremos à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o Requerimento
de autoria do Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
Emenda nº 18 ao PROC.
Nº 2495/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/13, que altera
o art. 24 e revoga o § 2º do art. 32 da Lei Complementar nº 626, de 15 de julho
de 2009 – que institui o Plano Diretor Cicloviário Integrado e dá outras
providências –, e inclui Anexo 6 na Lei Complementar nº 626, de 2009, criando o
Fundo Municipal de Apoio à Implantação do Sistema Cicloviário (FMASC) e
instituindo seu Conselho Gestor.
Observação:
- renovação de votação nos
termos do art. 196 do Regimento da CMPA.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em renovação de votação a Emenda nº 18, destacada,
ao PLCE nº 010/13. O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 18, destacada, ao PLCE nº 010/13, em renovação de
votação.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas. Nós estamos votando aqui, na verdade, a
renovação de votação da Emenda nº 18, quando discutimos, no primeiro semestre
deste ano, essa iniciativa do Executivo Municipal em desvincular as multas de
trânsito dos fundos dos recursos que entrariam para as ciclovias. Bom, foram
inúmeras emendas, a maioria delas rejeitadas. Veio, então, essa Emenda nº 18,
ela tem duas páginas, é praticamente quase uma nova lei, trata de inúmeros
temas. Aqui o ponto que fez os Vereadores que estavam votando com o Governo
discordarem deste, que diz que serão descontados do montante dos 20% – devidos
para a construção das ciclovias e programas educativos – os valores investidos
com programas ou políticas públicas de investimentos que contemplem a
construção de ciclovias, bem como campanhas que priorizem o pedestre, o
ciclista e a acessibilidade universal. Então, repito: será descontado daqueles
20% para campanhas educativas para o pedestre e acessibilidade universal.
Então, além de abrirmos mão da garantia – coisa que o Governo conseguiu
patrolar aqui a oposição, e outros Vereadores concordaram –, agora, descontam
desses valores ainda mais para campanhas que priorizem o pedestre e a
acessibilidade universal. Então, é retirar ainda mais, retirou já a garantia,
agora, retira os recursos, repassando-os para outras atividades.
Alguns Vereadores não estão presentes, mas além dos
Vereadores de oposição, alguns não votaram, alguns se abstiveram, como o
Presidente Ver. Professor Garcia, o Ver. Valter Nagelstein, a Ver.ª Séfora
Mota, o Ver. Tarciso e o Ver. Clàudio Janta. Foi por isso que o Governo vinha
ganhando todas, Ver.ª Séfora, e graças à sua abstenção e a dos demais Vereadores
que citei aqui, que o Governo não conseguiu patrolar nessa emenda específica,
justamente, porque entendeu que, além de retirar a garantia, coisa que havia
conseguido já na aprovação do projeto e nas emendas anteriores, e quer, agora,
tirar... Eu vou ler aqui, porque, obviamente, subirá alguém aqui dizendo que
não é bem assim, mas eu vou ler a Emenda nº 18: “Serão descontados dos 20%,
devidos para a construção de ciclovias e programas educativos, os valores
investidos com programas ou políticas públicas em investimentos que contemplem
a construção de ciclovias, bem como os que priorizem o pedestre, o ciclista e a
acessibilidade universal”.
Ou seja, será descontado dos 20% para campanhas
voltadas ao pedestre, que priorizam o pedestre, e eu concordo com essa priorização,
mas não retirando recurso das ciclovias. Esse é o ponto, Ver. Mario Fraga, que
será descontado. E até este momento, e com representantes da EPTC, o Émerson
que está aqui, ele tentou me convencer de que não será descontado, apesar de
estar escrito ali que será descontado.
Eu não sei se nós estamos confiando numa palavra ou
mesmo de alguém que suba nesta tribuna e faça uma fala, ou confiamos no que o
Executivo, e o proponente foi o Líder do Governo, à época, Ver. Ferronato, que
fez constar a expressão “será descontado dos 20% para as campanhas que
priorizem o pedestre e a acessibilidade universal”. Meritórias, louváveis, mas
não retirando recursos das ciclovias.
Então, votaremos contra a emenda, ela fala no
comitê gestor, infelizmente, fizeram uma mesma emenda com vários temas, e como
não tem como aprovar parcialmente uma emenda, ela terá que ser rejeitada,
infelizmente. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 18, destacada, ao PLCE nº 010/13, em
renovação de votação.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, nós entendemos, Ver.
Pujol, que já são muito poucos os recursos para a mudança cultural. Não tem
intervenção urbana que possa dar certo, se nós não investirmos na mudança de
cultura, na prática das pessoas, seja para construir gentileza no trânsito,
seja para o pedestre ter atenção e utilizar as faixas de segurança, seja para o
motorista aprender que ele precisa respeitar o ciclista e o pedestre, já que,
dirigindo um carro, é a principal arma que pode vitimar pessoas. Então, quanto
à emenda que aqui se busca renovar para ser aprovada, fazemos um apelo aos
nobres Vereadores: não vamos renovar essa votação, porque essa emenda, aqui,
prevê que, além de já terem sido desvinculadas dos recursos das multas de
trânsito, sejam desvinculadas da produção, da instalação, da sinalização de
ciclovias e educação para o ciclista e para a Cidade. Isso a Prefeitura já fez,
já aprovou, e, se renovarmos, a Prefeitura vai subtrair dos poucos recursos de
investimento na prática do ciclismo o investido na educação do pedestre. E nós
achamos, Ver. Nereu, que é o autor do Estatuto do Pedestre, que é preciso somar
esforços e somar recursos nesses dois temas, e não subtraí-los! Se eu faço
campanha para o pedestre, vou tirar dos recursos das ciclovias? Parece-me que
não é bom, nem da melhor eficácia de investimentos, seja em sinaleiras, seja em
campanhas, seja em ciclovias, para diminuir o número de pessoas a serem
atendidas na saúde, o comprometimento de Brigada, de SAMU – todos os órgãos que
são mobilizados em função de acidentes. Então é, de fato, uma escolha política
sempre mais eficaz, gastar recursos, para além dos da ciclovia, com formação e
educação para o pedestre. Aliás, esse curso já deve existir, e será parte das
multas que não estão mais direcionadas para as ciclovias.
Eu entendo que Porto Alegre está muito violenta no
trânsito. Hoje, lamentavelmente, temos que registrar a morte de uma
companheira, negra, pertencente ao Movimento Negro, que foi atropelada, que
sofreu um acidente, foi ao hospital e veio a falecer, depois, porque não havia
sido percebido que ela tinha um derrame. Ela é mais uma das vítimas de
acidentes de trânsito nesta Cidade, neste Estado e neste País. Se não
pensarmos, enquanto Poder Público, no profundo investimento que deve ter, e
permanente, de tranquilização, de construção, de cuidados, de gentileza, nós
estaremos perdendo vidas e mais vidas. Ver.ª Jussara, nós estamos com a nossa
Adjunta da 1ª Coordenadoria em estado muito grave, a Professora Lucia, que está
em estado de coma, porque um lotação, ali no Pão dos Pobres fez uma curva e
ela, na calçada, foi atingida pelo espelhinho do lotação que bateu no seu rosto
e fez com que ela caísse na calçada – uma professora da minha idade. São
acidentes de trânsito, há dificuldades de circular na Cidade com prioridade
absoluta para o pedestre. Então, não entendemos a razão de renovar uma emenda
que já foi derrubada, não retirar recursos da educação do pedestre, para o
pedestre, das ciclovias. Ver. Marcelo, contei dois casos de pedestres aqui, de
jovens mulheres, numa semana e meia, que foram vítimas e, portanto, não é
possível fazer essa escolha: ou cuidamos a ciclovia ou educamos o pedestre –
não é possível!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Vereadora.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Marcelo
Sgarbossa, a Emenda nº 18, destacada, ao PLCE nº 010/13, em renovação de
votação. (Pausa.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Presidente, já que foi pedida a votação nominal, vou fazer um convite
aos colegas que estão nos gabinetes para que venham à votação.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, posso fazer um convite para que não venham votar?
Porque quem não acompanha o debate, não deve votar apenas na hora da votação.
Eu só lamento. Porque nós aqui fazemos debate e nos esforçamos para que as
pessoas sejam convencidas.
O SR. MARIO
FRAGA: Vereador, eu só vou pedir desculpas a V.Exa. pelo que aconteceu aqui com
os nossos colegas. A Vereadora pediu para os Vereadores não virem votar.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton) Aqui é um espaço democrático, então todo o registro
aqui, pelo menos, enquanto eu estiver presidindo esta Mesa, disponibilizaremos
a palavra. Colegas Vereadores, também peço que
venham votar.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Marcelo Sgarbossa, a Emenda nº 18, destacada, ao PLCE nº
010/13, em renovação de votação. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 19 votos SIM e 03 votos NÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1419/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 015/14, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
inclui art. 17-A e revoga o inc. IV do caput
e o § 2º do art. 4º da Lei Complementar nº 740, de 16 de maio de 2014 – que
institui o Estatuto do Pedestre, cria o Conselho Municipal dos Direitos e dos
Deveres do Pedestre (Consepe), revoga a Lei nº 10.199, de 11 de junho de 2007,
e dá outras providências –, estabelecendo prazo para a regulamentação dessa Lei
Complementar, excluindo as passarelas em vias de grande fluxo de trânsito ou
com mais de 2 (duas) faixas de rolamento do rol de direitos assegurados ao
pedestre e excluindo a definição de tempo mínimo para a programação de
sinaleiras para pedestres.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 18-08-14 por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o PLCL nº 015/14.
(Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir o PLCL nº
015/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Eu vejo que esta tarde que parecia, Ver. Pujol, que a Câmara não andava,
desde antes da Copa, agora com a chuva parece que resolveu andar para trás. Acabamos
de retirar recursos das ciclovias para os pedestres de acessibilidade
universal. Parabéns! Essa, inclusive, é uma linha do nosso mandato – a defesa
dos pedestres –, coisa que votaremos a seguir.
No entanto, esse projeto do Ver. Nereu trata de um
histórico conturbado da Cidade porque, lá em fevereiro, nós aprovamos este
projeto do Estatuto do Pedestre, e, com exceção – quero fazer aqui a ressalva –
do Ver. Waldir Canal, o plenário todo aprovou o aumento de tempo para as
pessoas atravessarem a rua. Olhem que coisa mais básica! Isso não é uma
invenção acadêmica ou teórica, existem sinaleiras na Cidade... Que pena que não
está aqui o Ver. Janta, mas o Ver. Pujol está; eu até faço um convite para os
Vereadores que têm a mobilidade reduzida por algum motivo para que tentem
atravessar uma rua de Porto Alegre em oito segundos, como é o caso de muitas
sinaleiras de pedestres. Oito segundos! Basta circular pela Cidade. E, quando
começa a piscar a mão vermelha, o pedestre tem apenas três segundos para
concluir a travessia, o que contraria a resolução do Contran, de abril, que diz
que, a partir do momento em que começa o sinal vermelho piscante, o pedestre
tem que ter tempo, se ele já iniciou a travessia, de fazer toda a travessia com
segurança. Mas aqui em Porto Alegre não! Aqui, quando começa a piscar o sinal
vermelho, se você já iniciou a travessia, tem que tomar uma decisão: voltar
correndo para a calçada onde você iniciou a travessia, ou acelerar indignamente
para chegar ao outro lado da rua.
Então vejam: ao invés de aproveitar a aprovação
dessa lei pela Câmara de Vereadores, sancionada pelo Prefeito tacitamente... O
Prefeito até vetou, mas esqueceu de avisar a Câmara de Vereadores em tempo
hábil e, por isso, a lei foi sancionada pelo Presidente da Câmara de Vereadores,
o Professor Garcia. Portanto, virou lei, é lei hoje, lei, inclusive, não está
sendo cumprida. Eu queria fazer um apelo ao Ver. Bernardino, ao Ver. Tarciso, à
Ver.ª Séfora, ao Ver. Janta, que não se encontra no momento, Vereadores que
acredito tenham mais sensibilidade para o tema, para dizer que está marcada uma
audiência no Ministério Público, na sexta-feira à tarde, para tratar deste
assunto. É uma oportunidade de melhorar o tempo, de pensar nas pessoas com
mobilidade reduzida, porque a EPTC, ao calcular o tempo do pedestre, calcula
com base na velocidade de caminhada do homem adulto, que é 1,2 metro por
segundo, Ver. Tarciso; enquanto o idoso caminha 0,75 metros por segundo, a
metade do homem adulto. Então é isso que está em jogo: se nós aqui fazemos uma
opção política pelos mais rápidos ou pelos mais lentos da Cidade. A nossa opção
é pelos mais lentos. Uma cidade que quer se preparar para o futuro – Porto
Alegre é a Capital que mais tem idosos no Brasil –, se preparar para as pessoas
com carga, ou com algum tipo de mobilidade reduzida, tem que ampliar o tempo da
travessia dos pedestres. E não é uma questão que envolva tanto o tamanho da
rua. Algumas pessoas nos perguntam: “Mas por que 30 segundos em ruas que são
estreitas?” Porque, se tem uma sinaleira de pedestres, significa que há um
grande fluxo de pedestres, e por isso precisa de mais tempo. E também porque
ela está geralmente colocada no cruzamento com uma grande avenida, e essa
grande avenida dá sempre mais tempo do que 30 segundos para os motoristas, o
tempo de verde, e, por isso, há menos tempo para o pedestre. A Rua Jerônimo
Coelho, por exemplo, no Centro da Cidade, é uma rua estreita, mais de 30
segundos se dá ao pedestre porque ela está programada no tempo da Av. Borges de
Medeiros.
Nós poderíamos falar aqui do teste do dia 29 de
abril, se tiver oportunidade, nós falamos na sequência. É uma pena que nós
aqui, com uma medida legislativa, vamos cometer um retrocesso naquilo que
poderia ser um avanço.
É curioso que nesse debate ninguém perguntou à
sociedade, ao Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUC, ao Conselho do
Idoso, o que eles pensavam, ficou uma discussão pobre...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: ...Nesse debate, infelizmente, ficou uma polarização, como se surgisse
aqui uma ideia iluminada: por que 30 segundos, por que dar mais tempo? Afinal,
como dizia o próprio Diretor-Presidente da EPTC, todas as sinaleiras já têm estudos
técnicos, só que, depois de toda a polêmica do teste do dia 29 de abril,
finalmente o Secretário Municipal de Transportes começou a admitir a
possibilidade de rever algumas sinaleiras. E algumas eu estou verificando, no
dia a dia, que estão sendo revistas, ainda bem! Mas ainda não é suficiente,
continuam muitas sinaleiras com o tempo exíguo de 7 ou 8 segundos para realizar
a travessia e em desacordado com a Resolução do Contran. Vejam que a Resolução
do Contran foi utilizada como argumento para não aplicação da lei que está em
vigor. E a Resolução do Contran é mais protetiva do que aquilo que o Município
está fazendo. Então, vamos rejeitar esse projeto de lei para o bem da Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLCL nº 015/14.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. Delegado Cleiton. Senhoras e senhores, acho que hoje é um
dia bastante complicado aqui na nossa Casa. Às vezes, eu quero concordar com o
atual Vice-Prefeito, que dizia, neste Parlamento – ele foi Presidente desta
Casa por duas vezes –, que “a Cidade ganha muitas vezes quando a Câmara de
Vereadores não vota”. E eu não gostaria de transformar isso numa máxima, mas
hoje é o típico dia em que, o Parlamento votando, prejudica a Cidade, na minha
avaliação. Não tenho a menor dúvida... O Gil aqui, que representa o Governo,
essas palavras são do Vice-Prefeito Sebastião Melo, que V. Exa. assessora. E a
vida é assim mesmo!
Agora, as leis que o Ver. Sebastião Melo assina, e
esta Casa vota é que estão prejudicando a Cidade, porque, há pouco, nós
retiramos recursos das ciclovias. Se fizer formação, educação para pedestre,
desconta esse dinheiro do investimento nas ciclovias. Agora, vocês imaginem o
que este Município espera da sua municipalidade, qual a importância que essa
Prefeitura dá para a educação? E a pouquíssima compreensão de que não tem
solução se não for pela educação. Não tem solução a vida, a proteção da vida, o
trânsito, a circulação na Cidade, o lixo! Nós não temos nenhuma campanha de
reciclagem de lixo nesta Cidade. Nenhuma! Há anos! Apenas multas são aplicadas
eventualmente.
Mas nesse, agora, Ver. Nereu, eu também lamento. O
Ver. Marcelo Sgarbossa faz uma pergunta: “Nós vamos optar pelos mais rápidos ou
pelos mais lentos?” Nós vamos optar por proteger os idosos, proteger quem tem
dificuldade de mobilidade, ou nós vamos fazer com que a Cidade ande em alta
velocidade, e virem-se os cidadãos? Essa que é a questão! E interessante que me
lembro, neste debate eleitoral, de uma candidata que diz que não tem mais
esquerda e nem direita, Ver. Marcelo Sgarbossa. Lembra da candidata no primeiro
debate? Agora o mundo está dividido entre os lerdos e os rápidos! Eu gostaria
de lamentar profundamente, o mundo não está dividido entre os lerdos e os
rápidos. O mundo ou constrói solidariedade com quem anda mais devagar, ou nós
produziremos mais violência, mais mortes, mais acidentes, mais pessoas com
deficiência, porque vamos produzir deficiências através de acidentes.
Os 30 segundos para atravessar uma rua são muito
importantes. A Tatiana Renata Machado é uma jovem negra da Marcha Mundial de
Mulheres, que foi atropelada na frente da Santa Casa. É mais um atropelamento,
ela veio a falecer. Parece que havia outras complicações, a morte não foi só em
função do atropelamento, porém esse atropelamento poderia ter sido evitado se a
gente trabalhasse com menos velocidade, tendo paciência para o pedestre
atravessar. Esperar 30 segundos nas sinaleiras onde é necessário é educativo,
as pessoas têm que aprender a ter paciência, têm que aprender que estão na
comodidade do seu carro, e que o seu carro deve preservar a vida, a vida sempre
em primeiro lugar.
A outra situação – e vou repetir – é a da
Subcoordenadora da Coordenadoria de Educação em Porto Alegre, atropelada por um
lotação. O lotação está sempre com pressa, estaciona de qualquer jeito, voa
para pegar passageiro ao invés de ser um lugar de tranquilidade, de solução
para os problemas de trânsito e diminuição do uso do carro individual. A
Subcoordenadora está em coma profundo, em lamentável estado de saúde, com risco
de morte.
De novo: a supressão dos 30 segundos – aprendi com
o Marcelo, com os ciclistas, que vêm lutando muito por isso – é uma opção pelos
mais rápidos e um abandono do cuidado por quem anda mais devagar, ou porque já
teve pressa, como diz a música, ou porque já não tem mais condições físicas
para andar ligeiro nesta Cidade. Não tenho dúvidas de que a minha opção é pelos
mais lentos, é pela pessoa com deficiência, é pelo acalmar as pessoas desta
Cidade, pela espera, pela gentileza, pela paciência e pelo fim da primazia do
automóvel. Queremos transporte coletivo, queremos pessoas caminhando na Cidade,
andando de bicicleta, pessoas bem mais felizes e seguras.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para discutir o PLCL nº 015/14.
(O Ver. Guilherme Socias Villela assume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela;
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; primeiro pediria a compreensão do Vereador
autor do projeto, Ver. Nereu D’Avila, pois acho que o mais sensato neste
momento, o melhor caminho neste momento, é V. Exa. pedir o adiamento e nós
concordarmos, porque vamos ter uma discussão, segundo me consta, no Ministério
Público nos próximos dias, e se o Ministério Público está debatendo esse
assunto, acho muito razoável pedirmos o adiamento por um tempo.
Eu quero dizer ao Ver. Sgarbossa, autor do projeto,
que ele fez um papel importante quando provocou esse assunto. A Ver.ª Sofia
falava nas questões de bom senso e razoabilidade; bom senso e razoabilidade,
nós podemos aplicar para dizer que para atravessar uma rua da largura da Rua
Santana, por exemplo, se leva uma quantidade de minutos, e para se atravessar a
Av. Ipiranga, outra quantidade de minutos. Então não vejo razoabilidade e bom
senso em estabelecer um critério de minutos para toda a Cidade. Na verdade, se
a EPTC estivesse preocupada, e aqui temos um representante da EPTC, o Emerson,
que está sempre presente... Está na hora de a EPTC pensar um pouco de forma
inteligente, já que fica camuflada, escondida para multar, usa de artimanhas
que não aprovamos, que busque equipamentos que possam detectar se há alguém
atravessando a rua ou não para manter o sinal aberto ou fechado, e isso também
valeria para as sinaleiras em geral, porque não há sentido em ficar o trânsito
parado quando não há tantas pessoas ou outro automóvel usando a transversal. Se
temos hoje instrumentos, se a tecnologia evoluiu tanto, por que não aplicarmos
a tecnologia também no trânsito em Porto Alegre? Parece-me que não é o tempo
predeterminado que deveria ser respeitado para ordenar ou organizar o trânsito
em Porto Alegre, e sim um sistema inteligente – que hoje é possível –
estabelecendo que enquanto houver movimentação, ou dentro de uma razoabilidade,
permanece aberto o sinal, e enquanto não tiver demanda naquela viela, não abre
o sinal. Por que vai abrir se não tem ninguém para passar? Está na hora de
pensarmos nessa linha, e a EPTC já poderia ter feito isso. Com todo respeito,
nós já estamos debatendo isso aqui há muito tempo, sinalizando nesse sentido, e
só não surgiu o projeto, porque esse é um projeto típico de origem do
Executivo, e o Executivo tem dito muito isso. E volto novamente à tecla do
nosso Vice-Prefeito que, enquanto era Vereador, aprovou leis aqui e brigava
para botar em execução; agora virou Executivo e nem as suas próprias leis ele
coloca em execução! Esta Casa precisa também manter viva a memória de alguns
Parlamentares que por aqui passaram, para ser fácil, de repente, convencê-los.;
enquanto são Parlamentares, enquanto estão no Legislativo, pregam uma coisa,
assumem o Executivo e passam uma borracha no passado. Não é por aí. Eu até acho
que a discussão em si foi extremamente salutar, eu acho que o Ver. Sgarbossa,
quer queira ou não, nos trouxe a oportunidade de discutirmos isso, mas
estabelecer uma quantidade de minutos para todas as vias de Porto Alegre é um
tempo ultrapassado, não é razoável e não tem bom senso.
Resumindo, eu acho que nós temos que caminhar o
mais urgente possível para usarmos todos os instrumentos que nos favorecem
hoje, como a tecnologia da informação, para disciplinar a demanda por questões
da própria demanda e não por critérios estanques, de tempo – 30 segundos fecha,
30 segundos abre. Se não tem ninguém ali para passar, se não há demanda, não há
necessidade. Eu acho que seria perda de tempo. Nós estaríamos ajudando Porto
Alegre se buscássemos usar os recursos da informatização e da tecnologia.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Nereu D’Avila está com a
palavra para discutir o PLCL nº 015/14.
O SR. NEREU
D’AVILA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, durante este ano de 2014, estabeleceu-se uma grande discussão na
Cidade a respeito desses 30 segundos que, por uma emenda de última hora, até
manuscrita ao projeto de minha autoria do Estatuto do Pedestre, foi aprovada
pela maioria absoluta dos Vereadores. Acontece que no calor do debate e na
ânsia de ver o Estatuto do Pedestre aprovado, o que realmente foi uma grande
contribuição para a Cidade, haja vista que neste ano só do mês de janeiro até
agosto foram 89 óbitos de pedestres em Porto Alegre, sendo que desses 89, 35
foram por atropelamento. Então, efetivamente, o pedestre merece todo o respeito
e toda a consideração. Ocorre que no momento em que a Câmara aprovou, sim, por
maioria, os 30 segundos para toda a Cidade, a Câmara não sabia, nem a população
e nem ninguém, que tecnicamente era inviável essa situação. Porque o sistema
semafórico de Porto Alegre tem uma unicidade – no momento em que cessa o sinal
verde para os veículos, abre o sinal para o pedestre e vice-versa; se abre para
o pedestre, fecha para os veículos. E na experiência que a Prefeitura
estabeleceu em abril, verificou-se que tecnicamente era inviável. Por quê?
Porque na medida em que aumenta o tempo do pedestre – que até a intenção tem
mérito porque o pedestre merece toda a nossa consideração –, tranca o sistema
viário. E os ônibus andam com horários rígidos; a maioria das pessoas que usam
automóvel também tem horário para ir ao serviço ou para fazer um serviço.
Enfim, o automóvel também é um instrumento de serviço, na sua maioria. E aí
trancou o sistema viário e foi um caos na experiência estabelecida pela
Prefeitura. Então, verificou-se que tecnicamente é uma coisa e na prática é
outra. Ou seja, a emenda dos 30 segundos é para todos aquilo que é somente
usado pela parte, isto é, pretendeu-se que se faça uso do total para o parcial.
Significa que em avenidas em que não são necessários os 30 segundos, usa-se
menos, e onde precisa mais, usa-se mais. E aí a EPTC, dada a responsabilidade e
a importância do assunto, estabeleceu com a Cidade um relacionamento de
estipular para cada sinaleira uma circunstância de tempo, onde houvesse
necessidade de mais tempo, mais segundos, e não 30 segundos para toda a Cidade.
E aí verificou-se que uma coisa é a situação técnica, a prática da rua, outra
coisa é a teoria de que 30 segundos são necessários para aqueles que têm mais
necessidades: idosos, grávidas, crianças. Só que não é possível os 30 segundos
continuarem. Portanto, a EPTC está fazendo a sua parte de estabelecer tempo
suficiente para cada sinaleira de Porto Alegre.
Então, neste momento, há que excluir-se da lei a
obrigatoriedade dos 30 segundos, porque a lei tem que ser cumprida, ela tem
fator cogente...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. NEREU
D’AVILA: ...Obrigado, Presidente.
Para concluir, ficou claro que a prática é uma
coisa, a teoria é outra. Ou seja, tecnicamente é impossível cumprir os 30
segundos, sob pena de se estabelecer o caos para a maioria, que anda de ônibus
e vive de horários. Então, nesse teor, estamos propondo que se retire da lei a
obrigatoriedade dos 30 segundos e que a EPTC fique encarregada de, onde forem
necessários 30 segundos ou mais, estabelecer esse tempo, onde for necessário
menos, que ela se comprometa que as sinaleiras terão a fluidez necessária para
o perfeito entrosamento para os pedestres e para o fluxo de veículos.
Infelizmente...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLCL nº 015/14.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, o
projeto do Ver. Nereu D'Avila é específico e claro. Ele diz que o assunto do
tempo das sinaleiras é um assunto técnico, ou seja, ele está deixando para os
técnicos decidirem. Nós não podemos, como legisladores, sermos especialistas no
assunto. Nós temos uma empresa que conhece o assunto técnico e que tem
responsabilidade sobre isso. Eu dou um pequeno exemplo: eu passo seguidamente
em frente ao Hospital de Pronto Socorro, e que tempo é a sinaleira ali? São
aproximadamente 50 segundos, 60 segundos? Sim, e aí tem gente que quer reduzir
de 60 para 30 segundos. Ora, que tristeza! Quem decidiu que seriam 60 segundos
lá decidiu porque viu uma necessidade, e, agora, querem fixar em 30 segundos!
O Sr. Alberto Kopittke: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, eu não costumo fazer
apartes, porque, às vezes, atrapalha o raciocínio, mas, neste caso, como o
senhor diz que o nosso projeto acaba reduzindo, eu quero informar que, na
verdade, ele fala “no mínimo 30 segundos.” Então, eu só queria fazer esta
contribuição, porque o senhor deve ter se equivocado e não leu bem o projeto;
ele fala no mínimo, não no máximo, 30 segundos.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sim, mas o
projeto do Ver. Nereu D'Avila deixa o assunto para os técnicos decidirem se
serão 20 segundos, 30 segundos, 60 segundos. Porque há locais, ruas estreitas,
que, realmente, não precisam dos 30 segundos, e ainda vai atrasar o trânsito.
Bom o que eu quero dizer é que deixem o assunto para os técnicos, para os especialistas.
Esses entendem, nós somos legisladores e não podemos entender de tudo.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, eu realmente concordo com o senhor, este
assunto é com os técnicos, os técnicos são especialistas, o trânsito é
muito complicado, e tem que ser um técnico que entenda bem. Concordo plenamente
com o senhor. O senhor está certo. Obrigado.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Perfeitamente, muito obrigado. Ver. Brasinha, tem
mais um detalhe: nós somos legisladores, nós cuidamos das leis, nós não
precisamos da tutela do Ministério Público aqui, pois nós sabemos o que estamos
fazendo. Por que sermos tutelados sempre pelo Ministério Público? Por quê? Nós
temos capacidade de legislar e estamos exercendo isso, não precisamos ser
tutelados pelo Ministério Público. Muito obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme
Socias Villela): Obrigado, Ver. João Carlos Nedel. O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra
para discutir o PLCL nº 015/14.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, colegas trabalhadores desta Câmara,
senhores e senhoras que nos assistem através da TVCâmara, e público presente
aqui nas galerias, nós temos aqui... E hoje a Ver.ª Sofia usou uma máxima do
Vice-Prefeito que diz que, em algumas situações, a Câmara atrapalha a
tramitação, a gestão e o andamento corretos da Cidade. Na verdade, até não acho
isso, mas veio à discussão esse tema... E quem o trouxe é alguém que se
preocupa muito com a Cidade, alguém que se preocupa muito com o futuro da
Cidade, que é meu querido Vereador, amigo, Marcelo Sgarbossa, o pai da Sara, e
que tem uma visão bem interessante no sentido de um futuro mais respeitoso ao
cidadão, um futuro que respeite a mobilidade dos cidadãos desta Cidade. Nós
aqui – eu fui um deles – agimos inicialmente com sensibilidade, até mesmo com a
sensibilidade que a Ver.ª Sofia colocou aqui, quando disse que, entre o rápido
e o lento, ela fica com o lento. Também ficamos com esse mesmo sentimento, e
por isso a Câmara votou, quase por unanimidade, votou de coração, e não se
ateve à parte técnica, infelizmente, até porque na sua maioria não somos
técnicos, deveríamos estar nos assessorando de técnicos, mas esquecemos da
parte técnica, e, no outro dia, senhores, a Cidade virou um caos. E fomos
cobrados por isso; fomos cobrados pela mídia, pela sociedade, e não só por quem
anda de carro, não só por quem tem seu automóvel, mas pelas comunidades
carentes que saem cedo de casa, que têm que bater ponto, o construtor, o
trabalhador de obra que tem uma hora exata para entrar no seu trabalho.
Então, senhores, avaliando os pontos positivos e
negativos dessa discussão, eu protocolei um projeto que sugere o cartão do
idoso, um sistema de cartão do idoso especial para o semáforo inteligente. É um
projeto já existente em outra cidade, que beneficia, em momentos diferentes, e
assim não teremos esse caos de todas as sinaleiras de Porto Alegre estarem com
um tempo maior e o trânsito ficar parado.
Então nós protocolamos esse projeto, que é o uso
dum cartão, que é o mesmo cartão do transporte coletivo, que, ao ser acionado
nas sinaleiras, senhores, permite uma reprogramação de tempo para quem
realmente necessita. E isso seria estendido a pessoas com limitações de locomoção,
como obesos mórbidos, pessoas com lesões ou fraturas permanentes, idosos e
deficientes. Acho que aí seria um meio-termo. E creio que o Prefeito, que
também tem esse...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. DELEGADO
CLEITON: ...E creio que o Prefeito, que tem esse sentimento
de estar a favor da sua comunidade, de seus eleitores, da comunidade de Porto
Alegre, com certeza, irá avaliar esse cartão, que é o mesmo que se usa nos
ônibus, um cartão em que o idoso, lá na ponta da Cidade, se tiver uma
sinaleira, poderá usar, sem interferir no resto do trânsito. Isso seria feito
de forma pontual e substituiria esse projeto do Marcelo, que, volto a dizer, é
um projeto de grande sensibilidade, como quase todos os projetos, na sua grande
maioria, do Marcelo o são. Então que se possa substituí-lo, que se possa usar
de um meio-termo para que não haja esse transtorno na Cidade como houve
anteriormente. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para discutir o PLCL nº 015/14.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Villela; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu
tenho uma dificuldade, e essa dificuldade ocorre em razão de que as pessoas
reclamaram muito, naquele dia, Ver.ª Sofia, quando foi feito o teste, e a
Cidade virou um verdadeiro caos.
Então, Ver. Reginaldo Pujol, concordo plenamente
com o nosso Ver. João Carlos Nedel. Por quê? Porque o Vereador falou que tem
que deixar para os técnicos. Os técnicos vão dizer quantos minutos, quantos
segundos vão ser precisos para se adotar nas sinaleiras. Mais ainda, Ver.
Delegado Cleiton, imagina, Ver. Cassio, que o cidadão – nós sabemos como é a
gurizada –, daqui um pouquinho, eles podem ter acesso ao dito cartão e o
colocar para reprogramar o tempo para 30 segundos onde há três, quatro
cruzamentos, isso significaria uma tranqueira na Cidade! Isso daria um
verdadeiro caos na Cidade!
Mas mais interessante eu acho, Ver. Marcelo, é que
a Ver.ª Sofia Cavedon foi Secretária do Município, foi Vereadora do Município e
nunca, Ver. Nereu, fez um projeto que executasse ou cobrasse do seu governo a
implantação da Ciclovia. Não teve! E aí, quem implantou essa ciclovia foi o
Governo Fogaça. Mas claro que nós entendemos que a Cidade muda, a tecnologia
muda, mas não podemos também trancar a Cidade. Porque vocês sabem, há empresas
que trabalham com carros, com som, com pneus, com suspensão, que dependem de
carros e não têm funcionários no dia a dia. Então, daqui um pouco, não se pode
ter carro nesta Cidade! Mas aí eu quero ver, no ramo automobilístico, quem é
que vai pagar esses funcionários que trabalham! Eu concordo com a retirada dos
carros da rua, concordo. Mas, então, que se dê uma fonte para manter uma
empresa aberta. Porque é um absurdo o que acontece, Ver. Pujol, realmente, com
as garagens, elas viraram uma verdadeira exploração na Cidade! Porque, quando
estamos no Centro – e eu pago garagem todos os dias –, se a gente fica mais de
uma hora, quando vê, são R$ 18,00! Daqui a um pouquinho, são R$ 30,00! É um
absurdo o que acontece! E eu acho que isso está na hora de ser regulamentado e
de colocar ordem, porque não pode ser cobrado à volonté o valor das garagens.
Também quero dizer, Ver. João Carlos Nedel, que
concordo plenamente com V. Exa., nós não podemos depender do Ministério
Público. Aqui, nós temos que fazer projetos, pois do contrário não precisaria
existir a Câmara de Vereadores. Nós legislamos; o Ministério Público assume e
vai e faz o projeto! Agora, tudo tem que depender do Ministério Público? Eu
acho que tem que ter Ministério Público, mas ele tem que ficar lá no setor
dele. Então, Ver. Nedel, eu parabenizo V. Exa., porque, realmente, V.Exa.
abordou exatamente onde a ferida começa.
Então, tem que ser os técnicos, e técnico de
trânsito, o senhor sabe, engenheiro de trânsito, são iguais a técnicos de
futebol, estão vendo que estão errados e insistem. Eles adoram insistir, eles
falam com a gente, sabem que estão errados, mas é assim. E técnico de futebol é
assim, está vendo o ponteiro que não está jogando, está vendo o centroavante
que não está jogando, o meio de campo, mas eles insistem na teimosia. Há
milhares de técnicos dizendo onde está o problema, mas eles não acreditam.
Então, quero dizer que técnico de trânsito e
técnico de futebol são parecidos. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Delegado Cleiton reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para discutir
o PLCL nº 015/14.
A SRA. ANY
ORTIZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos
assiste pela TVCâmara, a questão do tempo dos semáforos na cidade de Porto
Alegre, eu acho que deve ser pensado de uma forma nem menos, nem nada, ou tudo.
Nós votamos, e foi aprovado por unanimidade, ou
quase por unanimidade da Casa, o tempo mínimo das sinaleiras de travessia dos
pedestres em 30 segundos, e conseguimos observar o que aconteceu após essa
aprovação na cidade de Porto Alegre, o caos que virou o trânsito. Caos não só
para aqueles que andavam de carro, mas piorou para as pessoas que dependem do
transporte público.
Infelizmente, isso aconteceu e o Prefeito José
Fortunati gosta de usar muito a expressão Cidade Viva, e, naquele momento, nós
conseguimos observar e ver de forma concreta o que a Cidade Viva representa.
Uma Lei votada com as melhores das intenções por esta Casa, e prejudicou não só
quem faz uso do automóvel, mas, principalmente, quem usa o transporte coletivo. Eram filas enormes de ônibus, e
eu, naquela oportunidade, votei favorável, principalmente por uma questão muito
séria que envolve o bairro São João, a travessia da Av. Assis Brasil; não só no
bairro São João, mas no bairro Cristo Redentor, no bairro Passo D’Areia e em
toda a extensão da Av. Assis Brasil, onde se tem duas pistas em que passam
carro, o corredor de ônibus – nos sentidos Centro-bairro e bairro-Centro – e
outras duas pistas. E, na frente – vou citar um caso para ilustrar para os
colegas Vereadores – do Bourbon Assis Brasil, região que o Ver. Brasinha
conhece muito, são apenas onze segundos para a travessia de seis pistas. Por
inúmeras vezes, eu já pedi à EPTC que fizesse um estudo, naquele ponto e no
bairro Cristo Redentor, também, aumentando para 30 segundos a travessia, porque
não tem nem como idosos, pessoas com deficiência e cadeirantes chegarem na
metade da via, ficando num brete extremamente apertado, por onde passam ônibus,
muitas vezes, numa velocidade elevada, em ambos os sentidos, e, ali, têm que
esperar por muitos segundos até que abra mais uma vez o sinal para poderem
chegar ao outro lado. Isso é extremamente perigoso! Em dia de chuva, então, nem
se fala o que acontece com uma pessoa que fica parada no meio dos corredores:
sai dali absolutamente molhada!
Acho que a gente tem que pensar nessas
peculiaridades da Cidade, também. Se não podemos ter 30 segundos em todos os
semáforos para travessia de pedestres, para alguns é fundamental que se faça
esse estudo, que a EPTC providencie o estudo que nós, Vereadores, tanto
queremos ver, sobre como vai ser resolvida a questão do pedestre na Cidade. O
teste foi feito colocando 30 segundos na Cidade inteira, e a gente viu, Ver.
Marcelo, que não só os usuários do carro, mas os usuários do transporte coletivo também ficaram prejudicados,
porque a gente tem um transporte coletivo
precário. O BRT vai solucionar os problemas, e nós esperamos pelo metrô da
Cidade, para que possamos ter outros modais de transporte
coletivo. E que a gente possa, também, dar uma atenção especial para o
pedestre.
Eu fiz uma sequência de fotos daquele semáforo da
frente do Bourbon Assis Brasil, ali no começo da Av. Assis Brasil, em 11
segundos, mostra, exatamente, cadeirantes e senhores idosos atravessando, eles
conseguem atravessar somente três pistas e as outras eles têm que esperar até
chegar, de novo, o sinal verde para pedestre para seguir. O que nós, aqui da
Câmara, precisamos é entrar em consenso com a EPTC, buscar e trazer para cá o
mapa da Cidade, sinalizando onde precisam aumentar o tempo dos semáforos e onde
não precisam aumentar o tempo. O local em que o Ver. Nedel mencionou já tem um
tempo grande de travessia de pedestres. Na Rua Luzitana, para quem quer
atravessar de um lado ao outro, que é apenas uma faixa estreita, o semáforo tem
mais de 30 segundos.
Então, temos que rever tudo que acontece sobre a
questão de trânsito e temos que debater isso com a população. Muitas vezes, os
técnicos não estão pela Cidade como nós, aqui da Câmara, estamos. Nós, 36
Vereadores, representamos a totalidade da população de Porto Alegre. E devemos
debater e decidir juntos em quais pontos vamos ter, se não todos, Ver. Nereu,
uma boa parte desses semáforos, principalmente das grandes avenidas, onde o
pedestre não consegue ultrapassar por completo de um lado ao outro, que seja
refeito. E que o sinal verde, para os carros, também possa ficar um tempo a
mais aberto para que o fluxo consiga dar sequência. O pedestre, assim que
iniciar a travessia, possa, sim, chegar com segurança ao outro lado. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
discutir o PLCL nº 015/14.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Prezado Presidente, Ver. Delegado Cleiton; meus colegas Vereadores e
Vereadoras, prezado Ver. Nereu D’Avila, autor do
projeto, e Ver. Marcelo Sgarbossa, autor da emenda, o quanto é importante
fazermos debates e proposições sobre temas da Cidade! Esse tema traz um debate
que, em alguns momentos, se torna sectarizado, ou seja, de um lado, os donos da
verdade e, do outro, os contra a verdade, mas ele pode ter uma outra leitura, a
qual eu quero trazer aqui. A Ver.ª Jussara Cony, que luta pela reforma urbana,
sabe que o tema da mobilidade é um tema que estamos readequando a uma nova realidade
das cidades. Entre as vias, entre os carros, há um ser que se chama humano, que
é o pedestre, Ver. Brasinha. Como nós respeitamos o pedestre dentro dessa
conturbação que é a cidade, com a pressão dos automóveis?
O projeto do Estatuto
do Pedestre trouxe esse debate para a Casa. A emenda do Ver. Marcelo Sgarbossa
trouxe-nos, prezada Any – não é um debate sectário, de se é a favor ou contra
–, uma reflexão sobre quanto tempo precisa um cadeirante para atravessar uma
pista de seis metros. É óbvio que uma pista de 6 metros, prezado Villela, V.
Exa. já foi Prefeito, é diferente de uma pista de 20 metros ou 30 metros.
Quanto tempo leva a minha mãe – que está hospitalizada lá em Santa Maria,
porque quebrou o fêmur, terá de andar com um andador – para atravessar uma via
de 20 metros? E um garoto ou garota, como a Mônica Leal? É óbvio que o tempo
será diferente.
Então, o que temos
que analisar aqui, prezado Brum, que é cadeirante? Qual é o tempo que precisa
cada um dos indivíduos, na sua qualidade de vida, para ir de um lado ao outro
nessas pistas? E, aí, o Ver. Marcelo Sgarbossa propôs a emenda dos 30 segundos,
que nós já reconhecemos, que a Cidade já reconheceu – é necessário tratar os
diferentes de forma diferente. E aqui está a EPTC. Está ali o Emerson, e pedíamos
que ligasse ao Secretário Cappellari, para ver qual formato daríamos para a
continuidade dessa construção. Isto aqui não é o fim e também não é o início,
não é para aprovar ou derrotar os 30 segundos, Ver. Marcelo; aqui estamos para
encontrar a fórmula correta para a Cidade, prezado Mario Fraga, que é o Líder
do Governo. Aqui não se trata de um tema de vencidos e vencedores.
Há poucos dias, Sr. Presidente, Curitiba adotou o
cartão pelo qual o idoso, ao chegar numa via de 20 metros, pode colocar o cartão,
e o tempo, que é 15 segundos, normal para todos nós, poderá ser de 25, 30 ou 35
segundos, conforme a necessidade para chegar ao outro lado da avenida. É isso
que nós precisamos construir aqui. É a sugestão que trago a esta Mesa como
Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores, do meu companheiro, Ver. Marcelo
Sgarbossa.
Na sexta-feira haverá uma reunião que Ministério
Público convocou para tratar desse assunto. Por que não, Ver. Nedel – que é um
senhor cristão, da Igreja Católica Apostólica Romana, que defende, antes de
tudo, o indivíduo, o ser humano –, tratarmos esse tema do ser humano antes do
carro? É isso que nós precisamos. Eu achava que o Ministério Público não
precisava ter entrado nessa jogada. Mas, já que entrou, por que – e o Emerson está
aqui, representante do Executivo – não levarmos essa sugestão técnica para
darmos continuidade a esse processo? Não basta rejeitarmos os 30 segundos se
não apresentarmos uma alternativa. E quero dizer que a nossa Bancada não tem
nenhum problema de aceitar ou rejeitar os 30 segundos. Nós temos que encontrar
a fórmula, e essa fórmula não se encontra sozinho, encontra-se coletivamente. E
trago aqui esta sugestão, para que possamos resolver, junto com o quadro técnico do Executivo, junto com a pluralidade de
pensamento, qual a fórmula correta do Estatuto do Pedestre a ser implantada na
cidade de Porto Alegre, contemplando os idosos, os obesos, as pessoas com
deficiência, os cadeirantes, as pessoas
com deficiência visual e todas as pessoas que precisam de condições mais
específicas que as nossas, que ainda conseguimos correr quando há risco de o
carro nos atropelar. Um grande abraço e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra
para discutir o PLCL nº 015/14, por cedência de tempo do Ver. Tarciso Flecha
Negra.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Srs. Vereadores, público que nos assiste,
acho que a discussão desse tema pode nos trazer um aprendizado. Agradeço ao
Ver. Tarciso a cedência do tempo, porque não falei, na minha primeira
intervenção, sobre o teste do dia 29 de abril de 2014. Nesse dia, fomos à rua,
cronometramos as sinaleiras e percebemos como foi feito esse teste – já
tínhamos uma intuição. Nós fizemos um Pedido de Informações, e veio a resposta
no dia 15 de julho. Por isso nós aguardamos as informações oficiais, para
conseguir entender a metodologia aplicada no teste.
Ver. Guilherme Socias Villela, V. Exa. conhece as políticas públicas,
consegue ver nos detalhes, vou explicar aqui e gostaria da atenção daqueles
Vereadores que, sob o argumento do teste, colocaram isso como um dogma, ou
seja, “O teste foi realizado, não temos mais o que fazer”. Para os Vereadores e
as pessoas que nos assistem entenderem: as sinaleiras são programadas numa
sequência depois da outra, então a sinaleira fica aberta por 40, 60 segundos,
formam-se pelotões de veículos, que encontram, preferencialmente, a sinaleira
seguinte verde e, talvez, a próxima também, tentam fazer a “onda verde”, e, com
isso, aquele primeira pelotão vai cumprindo uma espécie de ciclo. Pode ser um
ciclo de 1 minuto, 1 minuto e 20 segundos, 1 minuto e 30 segundos, certo? E isso
faz com que a Cidade flua do jeito que flui, ou não flui. Mas o que aconteceu,
Ver.ª Mônica, Ver.ª Any Ortiz, no dia do teste? Em vez de ampliar o tempo do
ciclo, Gil, eu não consegui explicar pessoalmente, mas faço da tribuna... Se o
ciclo era de 1 minuto, ampliaria para 1 minuto e 20 segundos, 1 minuto e 30
segundos, mas manteria o tempo do verde dos motoristas, para se formar aquele
mesmo pelotão que se forma naturalmente nos outros dias. Não, a EPTC não fez
isso. Ela diminuiu, ela retirou, ela não mexeu no tempo do ciclo e, em vez de
ampliar, tirou o tempo do ciclo para dar mais tempo ao pedestre. Qual foi o resultado
disso? Sinaleiras em que o tempo de verde para os motoristas era de 40 a 60
segundos, tiveram o tempo reduzido para 20 segundos. Então o motorista
arrancava quando abria o sinal verde, e, 10 a 20 segundos depois, fechava o
sinal. Não tinha como não dar o transtorno que deu. Ou seja, em vez de ampliar,
retirou-se o tempo do ciclo – essa é a questão central.
Então vejam: nós temos essa audiência no Ministério
Público, que poderá fazer um Termo de Ajustamento de Conduta eventualmente, a
primeira reunião será nesta sexta-feira, daqui a dois dias. É uma possibilidade
de o Município se comprometer, foi colocado aqui, e já foi um Pedido de
Providências nosso, em julho deste ano; que a EPTC estude a possibilidade da
implementação desses cartões – um cartão personalizado que faz com que aquele
pedestre que tenha alguma deficiência de locomoção consiga ter um maior tempo
para a travessia –, então realmente seria na medida para as pessoas que
precisam.
E eu queria colocar o último tema, que é essa
questão de que muitos vêm aqui e dizem: “Talvez não precisem todas as
sinaleiras desse valor absoluto”. Primeiro, não é um valor absoluto, é um
mínimo, não é um máximo. Segundo, a EPTC só instala sinaleiras de pedestres –
pelo menos deveria fazê-lo, mas, de regra, faz – só onde há um grande fluxo de
pessoas. Então, mesmo em ruas com metragem curta, ela instala uma sinaleira de
pedestre, porque ali há um grande fluxo de pedestres, portanto há um tempo
necessário para o cruzamento de todas essas pessoas. Alguns estudos internacionais
demonstram que, quando há mais de dez pessoas para atravessar a rua ao mesmo
tempo, imediatamente se deve dar de 5 a 10 segundos a mais, que é o tempo de as
pessoas se desembaraçarem e iniciarem a travessia. Isso que Porto Alegre tem
uma política dos gradis, embretam as pessoas em um gradil. Então vejam, a
largura da rua não está condicionada ao tempo da sinaleira. Esse argumento é
justamente para quem não pensou com um pouco mais de detalhe. E eu sei que é um
tema bastante técnico, então não exige aqui dos Vereadores a profundidade que
requer. Mas, no fundo, esta é uma decisão política, e não uma decisão técnica.
A decisão em escolher o tempo de travessia pela caminhada do mais rápido, como
falei na minha primeira intervenção, ou o tempo do mais lento. A EPTC adota o
tempo da caminhada do mais rápido, o homem adulto. Essa é a escolha política
que a EPTC faz. Por quê? Porque isso privilegia quem se locomove na Cidade,
através do veículo automotor, quando o nosso Código de Trânsito é bem claro, dizendo
que a prioridade é do pedestre! Então fiz questão de explicar – e agradeço mais
uma vez ao Ver. Tarciso – o que foi o teste, que, ao invés de contribuir, tirou
a possibilidade de fazermos um bom debate. Mas foi esclarecido e deu para
entender, a EPTC acabou fazendo um teste que não tinha como dar certo mesmo...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Gostaria de renovar o meu pedido, para que os
Vereadores que estão em seus gabinetes retornem ao plenário para votação. É
importante, em nome da cidade de Porto Alegre, que estejamos todos aqui para a
votação da pauta do dia. Nós temos vários projetos que estão atrasados. Por
várias vezes o nosso trabalho foi encerrado por falta de quórum. O trabalhador
aí na rua, senhores, tem horário para entrar e para sair. Eu acho que os
Vereadores também têm que honrar esse horário de estar aqui presentes para
votação.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLCL nº 015/14.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, é claramente perceptível que não me encontro com as melhores
condições físicas para o uso desta tribuna. Aliás, durante todo este período,
fiquei calado, procurando ouvir os debates que aqui ocorreram. Busquei
desesperadamente conservar um quórum que chegou a ser alto na Casa, num
determinado momento, para que pudéssemos votar algumas homenagens, entre as
quais uma por mim proposta. É fácil de se constatar que não logrei êxito neste
objetivo. Por isso, ainda que serodiamente, tardiamente, eu ingresso nesta
discussão, que me parece absolutamente pertinente. Não há como se negar que a
matéria envolve peculiaridades da vida da Cidade, que, por certo, despertaram
em diligentes Vereadores, como o Ver. Sgarbossa e o Ver. Nereu D’Avila, as suas
atenções, e, mais do que as atenções, as suas atuações em torno do assunto.
Parece-me que os discursos que aqui ocorreram evidenciam um fato que
naturalmente se avoluma perante os demais argumentos que foram trazidos.
Em última instância, há a colocação daquele velho
aforismo latino, que diz que in medio
virtus, ou seja, “no meio, a virtude”.
Não há dúvida nenhuma de que a iniciativa do Ver.
Nereu D’Avila é relevante, é merecedora de aplauso. Justificadamente, mereceu o
apoio maciço da Casa na sua aprovação. Não é menos relevante a atuação do Ver.
Sgarbossa, que procurou, de todos os modos possíveis, intervir no debate, e que
foi o autor de uma emenda que gerou um veto, que acabou não sendo apreciado por
um erro estratégico do Governo e que justificou a proposta do Ver. Nereu
D’Avila, que busca retirar do projeto, que já é lei, a expressão que ele
entende adequado ver retirada. Então nós vimos aquele debate da discussão em
torno do tempo mínimo das sinaleiras, que acho que não pode ser um tempo
universal, igual em todas as sinaleiras da Cidade, pois cada uma tem sua
peculiaridade. É verdade que há algumas vias em que os 12 segundos de uma
sinaleira satisfatoriamente resolvem a situação, porque as sinaleiras são
colocadas em várias vias, e isso ocorre especialmente no corredor de
transporte, onde não raro não tem nem quatro metros de largura a trajetória que
tem que ser transposta pelo pedestre.
Então, o que eu diria com relação ao projeto do
Ver. Nereu? Que é um projeto que busca, minimamente, estabelecer esse
equilíbrio e retirar o que seria um engessamento do processo geral, porque,
mais do que nunca, aquela verdade de Ruy Barbosa aqui se aplica: quando se
busca igualar situações desiguais, acaba-se por desigualar tudo. É o que está
acontecendo. O teste feito aqui na Cidade, pugnado inclusive pelo Ver. Marcelo
Sgarbossa, é, indiscutivelmente, a prova mais inconteste de que a aplicação das
regras contidas na legislação de forma uniforme geraria, sem dúvida nenhuma,
uma catástrofe no já complicado trânsito da cidade de Porto Alegre. Por isso,
Sr. Presidente, me resguardei para este final, fazendo um esforço pessoal muito
grande para dizer ao Ver. Nereu D’Avila que inclusive me encontro aqui até o
presente momento pela relevância do seu trabalho.
E ainda, Vereador-Presidente, como obreiro da Casa,
eu diria que a qualquer empregado, em qualquer repartição, se não estiver com
plenas condições de saúde, é resguardado o direito de se retirar. Eu estou num
esforço pessoal, só vou-me retirar quando for possível, ainda que pudesse, por
lei, não ficar aqui até o final dos trabalhos, em função de que minhas
condições pessoais assim não me permitem. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Anteriormente eu falei aqui e alguns Vereadores
pediram que eu registrasse os presentes. Eu não quero faltar com a ética...
cada Vereador, de repente, pode estar atendendo o seu eleitor, mas sei dizer
que aqui tem vários presentes. E, se os Vereadores quiserem que eu continue, eu
faço a chamada dos que estão presentes. (Pausa.) Eu vou insistir na presença
dos Vereadores, porque nós temos uma pauta enorme e é necessário – sabemos que
há Vereadores com problema de saúde, há Vereadores atendendo seus eleitores –
que nós votemos projetos importantíssimos para a nossa cidade.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA (Requerimento): Eu gostaria de solicitar verificação de quórum, por
favor.
O SR. MARIO
FRAGA: O Vereador tem o direito dele e, da nossa parte, é aceito. Só quero
deixar bem claro que terminou o período de discussão, é isso? (Pausa.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Não, não
encerrou ainda.
O SR. MARIO
FRAGA: Não encerrou ainda. Então eu vou pedir para o Vereador que deixe
terminar o período de discussão. Quem está inscrito para discutir? Tem
Vereadores inscritos para discutir?
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Não, no
momento não tem ninguém. Vamos fazer, então, a verificação de quórum.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente...
O SR. PRESIDENTE
(Delegado Cleiton): Estou conduzindo...
O SR. AIRTO
FERRONATO: Permita-me só um parêntese. V. Exa. perguntou se havia outros Vereadores
se inscrevendo para falar, e ninguém se manifestou. Então V. Exa. fez aquela
exposição sobre o acontecido um pouco antes, portanto já deveria estar
encerrada a discussão. Não houve nenhuma manifestação. Então pergunte agora se
tem mais alguém que queira se manifestar.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente...
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Ver.ª Sofia...
A SRA. SOFIA
CAVEDON: O senhor não me ouviu. Vou entender que é tratamento desigual entre
homens e mulheres.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Não, jamais. A senhora não use esse artifício,
porque a senhora sabe que não é verdade. Eu não espero isso da senhora.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Mas o fato é esse.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A senhora é uma Vereadora ética, conhece-me muito
bem e não espero que a senhora jogue assim para a plateia com a minha pessoa.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Está bem. Então o senhor me permite falar? Porque eu comecei a falar e
V. Exa. me interrompeu.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Eu ia responder...
A SRA. SOFIA
CAVEDON: O Ver. Airto Ferronato
começou a falar e V. Exa. não o interrompeu. Foram dois tratamentos
diferenciados.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Não foram. Eu lhe dei três minutos também àquela
hora, Vereadora. Então não tem situação de mulher ou homem aqui. Pelo amor de
Deus, não faça isso comigo!
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Está bem. Eu sei que não é. Apenas para registrar que foi durante ainda
o período de discussão que o Ver. Marcelo solicitou a verificação, e nós
gostaríamos que fosse procedida.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Será feita, Vereadora. É o que eu queria
esclarecer, o que ia dizer exatamente no momento em que a senhora e o Ver.
Airto Ferronato interromperam. Estou conduzindo, creio, corretamente. Vamos
abrir o painel...
O SR. MARIO
FRAGA: Presidente, então vai ser aceito o pedido do Ver. Marcelo Sgarbossa para
verificação de quórum?
O SR. PRESIDENTE
(Delegado Cleiton): Exatamente.
O SR. MARIO
FRAGA: Se não tiver 19 Vereadores...
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Exatamente. Infelizmente, a sociedade de Porto
Alegre, a comunidade de Porto Alegre perde com isso.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: É sua opinião, parcial.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Não é parcial, Vereadora. Pelo amor de Deus, nós
estamos aqui para trabalhar!
O SR. NEREU
D’AVILA: Sr. Presidente, quero fazer uma indagação à Mesa: há um Requerimento,
então, para verificação de quórum?
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Exatamente.
O SR. NEREU
D’AVILA: Mas eu pergunto, então, à Diretoria Legislativa: estamos em plena
discussão, em processo de votação, aí se interrompe para ver se há quórum. É
possível?
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, sinceramente, com tantas
manifestações, estou em dúvida, se estamos em encaminhamento de votação ou se
estamos na discussão ainda.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Vereador, eu não encerrei a discussão, nós estamos
ainda na discussão.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Então é sobre a discussão?
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Exatamente, vamos verificar o número de presentes
para que possamos continuar nossos trabalhos. Solicito abertura do painel
eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Marcelo Sgarbossa.
(Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Vinte e um Vereadores presentes. Há quórum.
A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCL nº 015/14, por cedência de tempo da Ver.ª Jussara
Cony.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, eu
peço a sua paciência, eu sei que está um pouco conturbado. Eu gostaria que o
Ver. Marcelo pudesse fazer o Requerimento. Em ele sendo contemplado falará; se
ele não for contemplado manteremos a discussão.
O SR. MARCELO SGARBOSSA (Requerimento): Solicito o adiamento da discussão, por três Sessões, do PLCL nº 015/14.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) O Ver. Marcelo
Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento, como
autor.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Nós estamos
aqui com uma lei aprovada desde o dia 19 de fevereiro deste ano pela Câmara de
Vereadores. Em abril, essa lei entrou em vigor, promulgada pelo Presidente da
Casa, Ver. Professor Garcia. Então, essa lei está em vigor, Ver.ª Séfora, desde
abril. E agora se tornou uma questão urgente, uma questão quase de honra para o
Governo aprovar esta tarde, sendo que daqui a dois dias nós temos uma reunião
no Ministério Público para tratar desse tema. Já está agendada essa audiência e
o Diretor-Presidente da EPTC está convidado.
Eu acho que a
judicialização da política não é uma coisa boa. Os juízes, promotores e o
universo jurídico já se deram conta disso. Mas fazer o quê, quando se pede uma
audiência com o Prefeito no dia 29 de maio? Encaminhamos por escrito, ligamos.
Não me digam que para conseguir uma audiência com o Prefeito eu tenha que
conseguir algum favor de alguém mais próximo a ele, não, nós ligamos para o Gabinete do Prefeito. Pedimos uma audiência, não só
conosco, mas com as entidades que tratam do tema da mobilidade e não
conseguimos. Insistimos, ligamos por vários dias – já com a lei em vigor.
Então, fomos ao Ministério Público, que simplesmente marcou uma audiência, na
próxima sexta-feira, às 15h, no Ministério Público. Talvez ali se faça um
acordo, talvez ali o Município assuma compromissos, talvez implemente um teste,
esse do cartão para o idoso, para a pessoa com deficiência, como é em Curitiba,
que está fazendo os testes; talvez admita que algumas sinaleiras, como disse a
Ver.ª Any Ortiz, realmente estejam com um tempo muito exíguo – de 7 a 8
segundos para atravessar. Dou como exemplo a Av. Assis Brasil, onde é muito
pouco tempo. Ou seja, será uma audiência positiva, mas não vamos derrotar, não
vamos revogar a lei que está em vigor, porque depois de revogada, não temos
mais o que discutir. Ou vocês acham que se nós apresentarmos um novo projeto de
lei, no ano que vem, estabelecendo um maior tempo das sinaleiras para
pedestres, será aprovado como foi neste ano? Então, vejam, não há nenhuma
razoabilidade: a Câmara está com uma votação trancada desde antes da Copa! E,
de repente, surge um tema que, sem motivo nenhum, tem que ser votado hoje.
Então, Srs. Vereadores e público que nos assiste, a Câmara consegue ter lógicas
que, às vezes, é difícil dar racionalidade e entender. Nós estamos aqui fazendo
um requerimento para o adiamento da discussão por algumas Sessões – só isso!
Eles sabem, esse projeto já está na Ordem do Dia há muito tempo, e,
provavelmente, será o primeiro num acordo de Lideranças, quando efetivamente
entrar em votação, se o nosso requerimento for aprovado. Mas não! Aqui não há
mais argumentos, o Governo tem a maioria, sentiu que nesta tarde pode aprovar,
então, não há argumento que convença a base do Governo. É uma pena! Se o
Prefeito nos recebesse! Vejam que, no dia 14 de abril deste ano, Ver.ª
Fernanda, o Prefeito Municipal, sentado com os ativistas da mobilidade urbana,
disse: “A emenda dos 30 segundos é boa, eu vou sancioná-la”. Mas aí surgiu o
tal do teste, e esse teste veio, como eu falei antes, para reforçar essa ideia
que isso tudo que está ali previsto tem um estudo por trás. Então, me digam que
estudo é esse que coloca 7 segundos numa sinaleira. Eu trouxe aqui um vídeo – não vou
trazê-lo de novo –, mostrando uma pessoa tentando atravessar na frente do
Shopping Praia de Belas e não conseguindo. Desculpem-me, é muita
insensibilidade, é muito pouca visão de futuro; não é uma disputa aqui de
partidos. Vai ficar marcado na Câmara, infelizmente, ao invés de aproveitarmos
essa...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. MARCELO SGARBOSSA: ...possibilidade,
nessa audiência. E do fato de termos uma lei em vigor, do Contran ter aprovado uma resolução agora
em abril, que diz só o seguinte: que quando começa o vermelho piscante para o
pedestre, ele tem que ter todo tempo para realizar a travessia. Aqui em Porto
Alegre, quando começa o vermelho piscante, a mão piscante, demora de 3 a 5
segundos para fechar. Então, não dá mais tempo. O sujeito está no meio da
travessia, ou ele volta ou ele termina correndo. Eu digo, porque essa resolução
foi alegada como uma forma de não cumprir os 30 segundos, quando, na verdade,
essa resolução é para garantir mais tempo ao pedestre, efetivamente. Então,
estamos aqui votando o adiamento por três Sessões a discussão deste projeto,
com o intuito de, no mínimo, tentar a sensibilidade do Governo enquanto aguarda
a audiência no Ministério Público. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu requeiro a suspensão da minha Licença
para Tratar de Interesses Particulares, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Delegado
Cleiton): Feito o
registro, Vereadora.
O Ver. Bernardino
Vendruscolo está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente-Vereador
Delegado Cleiton, o que nós estamos fazendo aqui agora é regimental. O que é
inconcebível é V. Exa. deixar este microfone aberto e os prezados colegas usarem da
forma que estavam usando. É antirregimental! Então, vou lhe sugerir, vou lhe
pedir encarecidamente que aceite uma sugestão deste colega: que feche este
microfone e só abra quando houver a certeza de ser um Pedido de Informações, um
encaminhamento, alguma coisa que tenha base legal em nosso Regimento, senão,
gera um descontrole, um desconforto, uma angústia entre aqueles que prezam
pelas questões mínimas de consideração, e nos leva a um estresse violento. Por
outro lado, o que eu lamento profundamente – e aqui está o Dr. Almeida –, cadê
a base do Governo? Cadê os Vereadores da base? Estão onde? (Pausa.) Os que
estão aqui nós sabemos: o Ver. Cecchim, o Ver. Canal, o Ver. Paulinho
Motorista, o Ver. Brasinha, o Ver. Mario Manfro, a Ver.ª Mônica Leal, o Nereu
D’Avila, o Ver. Reginaldo Pujol, o Líder do Governo Mario Fraga, o Sinval
Guazzelli. Vamos combinar! Então, isso aqui é regimental! Infelizmente, nós vamos
perder um tempo grande aqui se não houver um acordo, porque vão fazer um
requerimento, vão todos subir aqui para defender o requerimento, aí farão outro
requerimento...
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado pela sugestão, Ver. Vendruscolo, mas
quero dizer que estou tentando agir da forma mais democrática possível, dando a
palavra a todos os Vereadores, inclusive ao senhor. Mesmo não sendo regimental,
às vezes eu tenho essa tendência a quebrar algumas regras, e eu acho que, acima
de tudo, está a democracia nesta Casa.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; Presidente, eu
quero dizer que me sinto bem presidido por Vossa Excelência. Quero dizer
também, e por isso vim a esta tribuna, que é difícil fazer discussão e aceitar
alguma sugestão do Ver. Sgarbossa. É muito difícil porque ele não vem aqui
defender a ideia dele, ele vem aqui atrasar as ideias de todo o mundo. Isso é
possível, Ver. Brasinha, um Vereador que quer tirar o Jesus Cristo da nossa
Câmara, o senhor anticristo! Como ele vai pedir alguma coisa para nós? Como ele
vai ser ouvido? Como é que ele vai ser respeitado? Como é que ele vai fazer
para passar a emenda dele? Ele não quer passar. Ele não quer votar; ele quer
transferir a responsabilidade dos Vereadores para o Ministério Público! Então
que ele faça um concurso e passe para o Ministério Público. Se ele não quer
saber de Vereadores, se ele não quer saber da Lei dos Vereadores, que votamos
aqui, ele que vá fazer um concurso para o Ministério Público, porque é isso o
que ele quer com esse atraso. Ele não quer discussão, é um Vereador que
gostaria de ser Promotor Público e não passou, mas eu acho que não vai passar,
porque Jesus Cristo não vai ajudar; ele é até contra Jesus Cristo, ele quer
tirar o crucifixo daqui! Vereador, eu acho que é por isso que o senhor não é
ouvido. Não é ouvido! Porque o absurdo desses atrasos, de fazer a Câmara
inteira ficar esperando uma tarde toda pelo seu bel prazer de atrasar, pelo seu
bel prazer de querer que o Ministério Público resolva um assunto que é nosso,
dos Vereadores, da população de Porto Alegre, que já disse que não quer essa
bobagem que o senhor quer. As sinaleiras que precisam de 30 minutos têm trinta
minutos. Agora há sinaleiras que são um absurdo, que, provavelmente, V. Exa.
vai ser amaldiçoado muitas vezes não por Jesus Cristo, porque Ele não amaldiçoa
ninguém, Ele cuida de todo o mundo, mas pelos porto-alegrenses, que enxergam
nesse Projeto o atraso de alguém que parece estar de mal com a vida com quem
anda de automóvel. Eu dou passagem para bicicleta quando está do meu lado ou
quando está na minha frente em respeito e exijo que me respeite quando estou
dentro do meu carro porque respeito os menores, respeito a bicicleta e respeito
o pedestre, e não vai ser V. Exa. que vai empurrar goela abaixo o que a grande
maioria da população não quer.
Então, Vereador, eu sei que está todo o mundo
cansado, mas vamos fazer esse esforço; se não for hoje, na segunda-feira, e
vamos derrotar – este é o nome: derrotar essa ideia absurda do Professor
Sgarbossa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Delegado Cleiton; Srs. Vereadores, eu também venho
na mesma linha, Ver. Mario Manfro, acho que esse requerimento não tinha... nós
temos é que votar. Nós não podemos ficar esperando pelo que o Ministério
Público vai dizer, porque nós fomos eleitos Vereadores para fazer a nossa
legislação. Agora, se é para o Ministério Público vir dar os seus pitacos aqui,
então, ele que venha e assuma a Casa toda que nós todos vamos embora, Tarciso!
Vamos todos embora! O que é que nós vamos fazer aqui?! Então, senhores, eu acho
que as coisas não podem funcionar assim, Ver. Marcelo, nós temos que votar esse
projeto. Temos que votar e, depois, se o Ministério Público resolver julgar,
que julgue, não tem problema. Não é verdade, Ver. Reginaldo Pujol? Então, eu
quero dizer para os senhores que não podemos depender de terceiros, senão,
daqui a pouco, vamos apresentar uma lei e vamos consultar o Ministério Público!
Não temos que consultar o Ministério Público! Então, eu sou contra, temos que
votar essa lei hoje, Ver. Nedel. Hoje! Isso já vem de longa data, e estamos
perdendo tempo. E a Cidade anda, e as pessoas precisam. Nós não podemos
atrapalhar o trânsito também.
Mais ainda: aqui na José do Patrocínio, esta
semana, eu vi um ciclista passeando na ciclovia quando um outro cidadão abre a
porta do carro e derruba o ciclista. Então, eu acho que a ciclovia tem que ser
feita quando tem avenidas novas, não ali, onde não tem espaço mais. Todos os
comerciantes estão brabos com a ciclovia. A gente fala em ciclovia ali, os
caras querem brigar!
Eu quero dizer o seguinte: será que consultaram os
comerciantes ali? Será que fizeram a consulta àqueles que mantêm o emprego e
mantêm a Cidade? Porque, se não tem empresário, não tem cidade, não tem
emprego! Então, quero dizer: vamos votar esta lei hoje, Ver. Nereu!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Delegado Cleiton, obrigada; inclusive, quero deixar claro que
jamais considerei que V. Exa. possa ter discriminação de gênero na sua postura.
Aqui, na tensão da condução, não é fácil ser democrático com todos.
Eu quero defender o adiamento, Ver. Marcelo
Sgarbossa, inclusive por ser essa uma atitude cristã, porque eu tenho certeza
de que, se fosse Jesus Cristo aqui, fazendo este debate, Ele optaria pelos
idosos, pelas crianças, pela segurança, pela harmonia e não pela aceleração.
Acho que os argumentos lamentáveis do Ver. Cecchim têm que ser repudiados
porque o debate do estado laico é um debate que toda a sociedade brasileira
faz, e que está na Constituição. Não serve de argumento para desfazer,
desmerecer o grande esforço que o Ver. Marcelo Sgarbossa faz, um esforço de ir
contra a corrente, é verdade, e que o Governo pouco escuta, e a Cidade perde em
função disso.
A proposta de adiamento é, sim, para uma mediação
que acontecerá no Ministério Público. O Ver. Brasinha é um dos Vereadores que
votou a favor dessa medida dos 30 segundos, e os 30 segundos a serem aplicados
na Cidade com a gestão da Prefeitura, com a atenção da Prefeitura para cada
caso, para cada situação, considerando os lugares, as demandas, o fluxo. Se a
Prefeitura Municipal “dormiu de touca”, perdeu o prazo e não vetou, porque
vetaria, porque forçou a barra, fez um teste absurdo, congestionou a Cidade
irresponsavelmente, aplicando onde não tinha que aplicar e de uma forma
errada... E, depois, parece que os ventos conspiraram para a Prefeitura perder
o prazo, e a lei valer. Acho que nós não podemos aqui, enquanto síntese...
porque, se este Parlamento entendeu que era importante, agora simplesmente
entende que é importante derrubar, e se este Parlamento não consegue fazer uma
síntese melhor, Ver. Nereu, eu acho que sim... Porque, se este Parlamento se
manifestou a favor, é porque achava que tinha que ter mais cuidado em algumas
sinaleiras em muitas situações. E este mesmo Parlamento poderia – e está
tentando, tem um movimento importante aqui de diálogo com os que estão no
plenário – construir uma mediação, construir o cartão que individualiza, que
aciona um tempo maior a partir da necessidade, o que eu acho uma solução muito
boa. Então, é muito razoável que encerremos aqui, por enquanto, a discussão e
esperemos o espaço de acordo, de mediação do MP. E não é o Ministério Público
ter mais valor do que esta Casa, não é isso! É que esse espaço está organizado
exatamente pela crise criada pela lei aprovada por nós todos, Ver. Nedel,
inclusive V. Exa., pelo que eu saiba, e não vetada pelo Executivo a tempo. Ora,
estabelecido o conflito, o Ministério Público entrou. Então, ele não está
substituindo o Parlamento, ele está fazendo uma mediação com a sociedade a
partir de uma lei em vigor. Nós, agora, sem esperar os passos de mediação, nós
queremos revogar a lei, de maneira rasa, novamente. Se votamos mal, pensando mal
as consequências, agora vamos votar mal, simplesmente, suprimindo a medida?
Está mal isso! Não é bom para o Parlamento, não é bom para a Cidade, não é bom
para o Executivo! Tenho certeza que o Executivo vai à reunião, sexta-feira, no
Ministério Público, com escuta, com proposta alternativa. Então por que nós
vamos zerar o jogo, por que vamos encerrar o debate aqui? Encerrar o debate e
voltar à estaca zero é dizer “não somos nós competentes para isso”. Os mesmos
que vêm aqui dizer isso, Fernanda, vieram aqui, nas semanas passada e
retrasada, dizer que, quanto aos inventários dos bens culturais, nós vamos
votar cada casa. Eu acho esdrúxulo, eu acho absurdo, é incompetência nossa
dizer se uma casa deve ou não, em grandes quantidades, ser licitada como inventariada
de bem cultural. Nós não temos essa condição técnica, não temos essa
responsabilidade de fazer caso a caso, isso é responsabilidade do Executivo. Há
quem defendeu isso, dizendo que este Parlamento não é competente para discutir,
porque técnica é técnica, o tempo da sinaleira. Vejam bem, dois pesos, duas
medidas; só vale para a minha demagogia, e não para o que é sério mesmo na
Cidade. Então o adiamento ajuda este Parlamento a fazer uma síntese superior, e
não tratar de forma rasa e irresponsável um tema tão delicado.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, pela oposição.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Prezado Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, lá fora, está se
armando uma tempestade. Lá, na minha terra natal, Santa Maria, Ver.ª Fernanda
Melchionna, ou na sua terra – seu pai foi meu colega de faculdade –, Alegrete,
passou um pé de vento, hoje, que destruiu grande parte daquela região. Agora, o
que não dá é, num Parlamento como este, nós, num tema tão nobre como este, Ver.
Idenir Cecchim, querermos fazer uma tempestade em copo d’água. Então quero
dizer que venho aqui, a esta tribuna, com muita tranquilidade, porque vim,
anteriormente, inclusive citei aqui o Ver. Nereu, autor do projeto, o Ver.
Marcelo, autor da emenda, sugerindo que nós pudéssemos, em cima dessa sugestão
que foi aprovada... Portanto, Ver. Cecchim, o senhor ou a maioria dos
Vereadores votou favoravelmente a emenda que hoje está se propondo vetar. E eu
volto a dizer que não se trata aqui de aprovar ou derrubar o veto, se trata de
ter um compromisso do Governo, uma alternativa aos 30 segundos. É isso. O
Parlamento serve para que nós possamos encontrar soluções que sejam factíveis,
ou seja, realizáveis para a Cidade. Eu quero dizer aqui que 30 segundos,
conforme foi proposto pelo meu companheiro Ver. Marcelo Sgarbossa e que foi
aprovado por todos nós – portanto, eu faço também o reconhecimento da minha
responsabilidade nesse processo e de todos vocês, colegas Vereadores, porque
nós aprovamos – serviu para uma questão fundamental, que é fazer o debate na
Cidade sobre qual é o tempo que nós precisamos nas sinaleiras. E o Executivo
não trouxe, até o momento, uma proposta concreta, pelo menos para nós não foi
dito qual é a proposta concreta para que aquela pessoa cadeirante possa
atravessar a Av. Ipiranga sem correr risco de vida. Qual é o tempo necessário
para aquela pessoa deficiente visual atravessar a Av. Mauá? Como trataremos
aquela pessoa idosa que quer atravessar a Rua Sete de Setembro dentro do seu
tempo biológico, fisiológico e na sua energia? É isso que nós temos que
responder para a Cidade. Então, o que foi proposto aqui e aprovado por todos
nós, que o Prefeito vetou, e que nós temos que aceitar ou não, precisa de uma
alternativa. Ver. Manfro, estou dizendo que não tem problema nós aceitarmos o
veto, mas qual é a alternativa para isso. O Governo não disse aqui nesta
tribuna, o Ver. Cecchim veio aqui e xingou meio mundo, mas não disse qual é a
alternativa. Eu posso ser contra, mas estou sugerindo ao Gil, representante do
Governo que está aqui, que se tenha uma alternativa, é possível ou não? Eu
tenho plena ciência de que os 36 Vereadores, representando a pluralidade da
Cidade, têm condições de construir um acordo para encontrar a alternativa
possível para a Cidade, construindo uma proposta. Se querem aceitar essa
possibilidade, depende de nós. Se não querem, votamos e vai para um segundo round e vamos judicializar mais uma
questão que nós poderíamos ter resolvido aqui. Já que está no Ministério
Público, para que judicializar uma decisão que pode ser política? Nesse
momento, política associada à técnica. Quem tem que trazer a solução técnica é
o Executivo, que tem seus quadros aqui representados neste momento.
Concluo dando o acordo à prorrogação pedida pelo
Ver. Marcelo Sgarbossa, para que tenhamos mais tempo para construir essa
solução. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. REGINALDO
PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Quinze
Vereadores presentes. Não há quórum.
Está encerrada a Ordem do Dia e
os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h20min.)
* * * * *